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Presidentes do Senado e da Câmara divergem; oposição defende Lembo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da
Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), adotaram posições antagônicas diante da onda de violência
em São Paulo. Enquanto Renan
anunciava que poria em votação
um pacote de medidas para segurança pública, Aldo dizia que não
é preciso criar leis para debelar as
ações do crime organizado.
Renan convocou uma reunião
com as lideranças para hoje, na
qual farão uma seleção de projetos para a segurança pública.
Na lista, ele incluirá uma PEC
(proposta de emenda constitucional), de autoria sua, que estabelece percentuais fixos de repasse de
recursos da União, dos Estados e
municípios para a segurança.
Outra proposta será a aprovação de um projeto de lei que cria
um programa de subsídio para a
compra de casas por policiais e
membros do Corpo de Bombeiros longe das áreas em que atuam.
Repressão integrada
Na Câmara, ao comentar a onda
de violência em São Paulo, Aldo
Rebelo disse que "leis reprimindo
o crime organizado, já temos com
grande amplitude". Para ele, "é
preciso que o Estado esteja organizado, aparelhado, e que as organizações de repressão ao crime estejam integradas nacionalmente".
Os líderes da oposição no Senado acertaram ontem um discurso
em defesa do governador paulista
Cláudio Lembo (PFL) para tentar
preservar o pré-candidato do
PSDB à Presidência, Geraldo
Alckmin, que comandou o Estado
desde março de 2001.
A oposição culpou o governo
Lula pela redução dos repasses na
área de segurança aos Estados e
disse que a onda de violência estava se pulverizando pelo país. "A
violência ocorre em Mato Grosso
e no Paraná", disse o líder do PFL,
José Agripino Maia.
(SILVIO NAVARRO E FÁBIO ZANINI)
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