São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 2006

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Presidentes do Senado e da Câmara divergem; oposição defende Lembo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), adotaram posições antagônicas diante da onda de violência em São Paulo. Enquanto Renan anunciava que poria em votação um pacote de medidas para segurança pública, Aldo dizia que não é preciso criar leis para debelar as ações do crime organizado.
Renan convocou uma reunião com as lideranças para hoje, na qual farão uma seleção de projetos para a segurança pública.
Na lista, ele incluirá uma PEC (proposta de emenda constitucional), de autoria sua, que estabelece percentuais fixos de repasse de recursos da União, dos Estados e municípios para a segurança.
Outra proposta será a aprovação de um projeto de lei que cria um programa de subsídio para a compra de casas por policiais e membros do Corpo de Bombeiros longe das áreas em que atuam.

Repressão integrada
Na Câmara, ao comentar a onda de violência em São Paulo, Aldo Rebelo disse que "leis reprimindo o crime organizado, já temos com grande amplitude". Para ele, "é preciso que o Estado esteja organizado, aparelhado, e que as organizações de repressão ao crime estejam integradas nacionalmente".
Os líderes da oposição no Senado acertaram ontem um discurso em defesa do governador paulista Cláudio Lembo (PFL) para tentar preservar o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, que comandou o Estado desde março de 2001.
A oposição culpou o governo Lula pela redução dos repasses na área de segurança aos Estados e disse que a onda de violência estava se pulverizando pelo país. "A violência ocorre em Mato Grosso e no Paraná", disse o líder do PFL, José Agripino Maia.
(SILVIO NAVARRO E FÁBIO ZANINI)


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