São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2007

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Bimotor cai, mata dois e interdita a Dutra por 2 h

Causas do acidente ainda serão investigadas; tripulantes mortos iam para o Rio

Segundo testemunhas e a Polícia Rodoviária, o bimotor voava em baixa altitude antes de colidir com um bambuzal e cair na rodovia

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

A queda de um avião bimotor ontem na via Dutra, em Guaratinguetá (176 km de SP), causou a morte de seus dois tripulantes e a interdição total da estrada por duas horas.
O empresário José Jeronimo Rodrigues, 58, piloto e um dos donos do avião, seguia para o Rio de Janeiro para uma reunião de trabalho. Edson Julio, 30, era o co-piloto. Eles saíram do Campo de Marte, em São Paulo, às 8h.
Até ontem, a Aeronáutica não sabia informar as causas do ocorrido. Elas serão apuradas por investigações do Ceripa (Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes).
Testemunhas do acidente e a Polícia Rodoviária Federal afirmaram que, às 8h30, o bimotor voava em baixa altitude antes de bater em um bambuzal, no alto de uma colina que ladeia a rodovia, e cair. O avião estava registrado em nome da Alcatéia Engenharia de Sistemas, empresa de São Paulo da qual Rodrigues era um dos sócios.
Quando caiu, a aeronave -um Embraer 810D Seneca, prefixo PT-VLC- atingiu a mureta de concreto que separa as duas pistas e se despedaçou. A maior parte do avião ficou na pista no sentido RJ-SP. Os corpos e o resto dos destroços ficaram no outro lado. Não houve incêndio nem explosão.
"Foi como uma cena de cinema", afirmou o comerciante Carlos Alberto Marton, 47, que viajava de Lorena para Aparecida pela Dutra, viu o avião cair na sua frente e parou o carro. Uma parte da asa ficou entre o capô e a grade dianteira de seu Gol. Nenhum outro veículo foi atingido por destroços.
A possibilidade de o acidente ter ocorrido na tentativa de um pouso forçado já está praticamente descartada pela Aeronáutica, devido à gravidade dos danos causados na fuselagem do avião. Se tivessem tentado aterrissar, o choque seria mais leve, e os estragos, menores.
Depois do acidente, as pistas ficaram completamente interditadas das 9h às 11h. A situação se normalizou apenas por volta das 12h30, mas o tráfego ainda estava lento mesmo às 15h, pois o que restava do avião atraía a atenção dos motoristas. O pico do congestionamento foi de 3,5 km ao longo do dia, afirmou a concessionária NovaDutra, administradora da rodovia.
Para evitar problemas no trânsito, foram feitos desvios nos trevos dos km 67 e 65 para os carros passarem por dentro de Guaratinguetá e evitar o trecho interditado.


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