|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bimotor cai, mata dois e interdita a Dutra por 2 h
Causas do acidente ainda serão investigadas; tripulantes mortos iam para o Rio
Segundo testemunhas e a Polícia Rodoviária, o bimotor voava em baixa altitude antes de colidir com um bambuzal e cair na rodovia
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
A queda de um avião bimotor
ontem na via Dutra, em Guaratinguetá (176 km de SP), causou
a morte de seus dois tripulantes e a interdição total da estrada por duas horas.
O empresário José Jeronimo
Rodrigues, 58, piloto e um dos
donos do avião, seguia para o
Rio de Janeiro para uma reunião de trabalho. Edson Julio,
30, era o co-piloto. Eles saíram
do Campo de Marte, em São
Paulo, às 8h.
Até ontem, a Aeronáutica
não sabia informar as causas do
ocorrido. Elas serão apuradas
por investigações do Ceripa
(Centro Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes).
Testemunhas do acidente e a
Polícia Rodoviária Federal afirmaram que, às 8h30, o bimotor
voava em baixa altitude antes
de bater em um bambuzal, no
alto de uma colina que ladeia a
rodovia, e cair. O avião estava
registrado em nome da Alcatéia
Engenharia de Sistemas, empresa de São Paulo da qual Rodrigues era um dos sócios.
Quando caiu, a aeronave
-um Embraer 810D Seneca,
prefixo PT-VLC- atingiu a
mureta de concreto que separa
as duas pistas e se despedaçou.
A maior parte do avião ficou na
pista no sentido RJ-SP. Os corpos e o resto dos destroços ficaram no outro lado. Não houve
incêndio nem explosão.
"Foi como uma cena de cinema", afirmou o comerciante
Carlos Alberto Marton, 47, que
viajava de Lorena para Aparecida pela Dutra, viu o avião cair
na sua frente e parou o carro.
Uma parte da asa ficou entre o
capô e a grade dianteira de seu
Gol. Nenhum outro veículo foi
atingido por destroços.
A possibilidade de o acidente
ter ocorrido na tentativa de um
pouso forçado já está praticamente descartada pela Aeronáutica, devido à gravidade dos
danos causados na fuselagem
do avião. Se tivessem tentado
aterrissar, o choque seria mais
leve, e os estragos, menores.
Depois do acidente, as pistas
ficaram completamente interditadas das 9h às 11h. A situação
se normalizou apenas por volta
das 12h30, mas o tráfego ainda
estava lento mesmo às 15h, pois
o que restava do avião atraía a
atenção dos motoristas. O pico
do congestionamento foi de 3,5
km ao longo do dia, afirmou a
concessionária NovaDutra, administradora da rodovia.
Para evitar problemas no
trânsito, foram feitos desvios
nos trevos dos km 67 e 65 para
os carros passarem por dentro
de Guaratinguetá e evitar o trecho interditado.
Texto Anterior: Construções passarão por fiscalização Próximo Texto: "Fiquei pensando que o avião iria explodir meu carro" Índice
|