São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Fiquei pensando que o avião iria explodir meu carro"

DA AGÊNCIA FOLHA

Pouco menos do que dez segundos. Esse foi o intervalo em que o comerciante Carlos Alberto Marton, 47, e seu sobrinho Rudnei Dias, 34, observaram, estáticos, os destroços do avião que caiu ontem na via Dutra indo em sua direção.
Quase não acreditaram quando perceberam que o resultado do choque anunciado foi um leve amasso na lataria do Gol que Marton dirigia. Uma parte da asa entrou cerca de cinco centímetros no espaço entre o capô e a grade dianteira.
Os dois iam de Lorena (188 km de São Paulo), onde moram, para Aparecida (167 km de SP) buscar uma peça de uma máquina da fábrica de sacos plásticos de Marton. Viram o bimotor voar baixo, acertar um bambuzal no topo de uma colina na lateral da estrada e cair "desgovernado", mas, recordam, "sem fazer barulho" na pista.
Antes, Marton já havia desacelerado o carro até ele parar. Os dois viram então "uma asa, motor e outras peças" se aproximarem. "Não saí", disse. "Ficava ali, pensando que tinha que me proteger, que aquilo ia explodir meu carro."
"Foi como uma cena de cinema", disse Marton. Seu carro até precisa de pequenos reparos, mas ele não pensa em fazê-los agora. "Estou satisfeito. Como católico, só posso pensar que foi a mão de Deus, que não era minha hora." (JCM)


Texto Anterior: Bimotor cai, mata dois e interdita a Dutra por 2 h
Próximo Texto: Segurança pública: De Catanduvas (PR), presos mandam no tráfico do Rio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.