São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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Quem chega não sai mais, afirma grego

DA REPORTAGEM LOCAL

"Imigrante que vem, conhece e aprende português não vai outro lugar (sic)", resume Thrassyvoulos Petrakis, o seu Trasso, ícone da comunidade grega do Bom Retiro, onde fica seu restaurante, o Acrópoles.
Aos 91 anos -e há 40 no Brasil-, seu Trasso presenciou as mudanças que as diferentes levas de imigrantes levaram ao Bom Retiro: a substituição dos armarinhos mantidos por judeus por lojas de vitrines chamativas criadas por coreanos e a posterior vinda de bolivianos.
Egípcios, armênios e angolanos também pertencem ao seu círculo de relações.
Os primeiros judeus, vindos do Leste Europeu, estabeleceram-se no Bom Retiro de modo significativo no entreguerras e, depois que enriqueceram vendendo material de costura, migraram para Higienópolis.
É lá que vivem hoje os avós de Celso Kocinas, judeus poloneses fugidos da perseguição na Europa. "Sem falar a língua local, é mais fácil vender coisas do que exercer uma profissão como médico ou advogado", diz Kocinas, dono de uma corretora de imóveis no Bom Retiro.
A barreira da língua e a oferta de trabalho também levou os coreanos ao setor de confecções. "Todos os povos prosperam no Bom Retiro", afirma o empresário Renato Kim, que veio da Coreia em 1975 e achou trabalho costurando para patrões judeus. Em pouco tempo, sua família comprou máquinas e, em 1982, abriu uma loja na rua José Paulino. Hoje, ele e a mulher têm loja na Aimorés e moram na Aclimação. (MB)


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