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Quem chega não sai mais, afirma grego
DA REPORTAGEM LOCAL
"Imigrante que vem, conhece e aprende português não vai
outro lugar (sic)", resume
Thrassyvoulos Petrakis, o seu
Trasso, ícone da comunidade
grega do Bom Retiro, onde fica
seu restaurante, o Acrópoles.
Aos 91 anos -e há 40 no Brasil-, seu Trasso presenciou as
mudanças que as diferentes levas de imigrantes levaram ao
Bom Retiro: a substituição dos
armarinhos mantidos por judeus por lojas de vitrines chamativas criadas por coreanos e
a posterior vinda de bolivianos.
Egípcios, armênios e angolanos também pertencem ao seu
círculo de relações.
Os primeiros judeus, vindos
do Leste Europeu, estabeleceram-se no Bom Retiro de modo
significativo no entreguerras e,
depois que enriqueceram vendendo material de costura, migraram para Higienópolis.
É lá que vivem hoje os avós de
Celso Kocinas, judeus poloneses fugidos da perseguição na
Europa. "Sem falar a língua local, é mais fácil vender coisas
do que exercer uma profissão
como médico ou advogado", diz
Kocinas, dono de uma corretora de imóveis no Bom Retiro.
A barreira da língua e a oferta
de trabalho também levou os
coreanos ao setor de confecções. "Todos os povos prosperam no Bom Retiro", afirma o
empresário Renato Kim, que
veio da Coreia em 1975 e achou
trabalho costurando para patrões judeus. Em pouco tempo,
sua família comprou máquinas
e, em 1982, abriu uma loja na
rua José Paulino. Hoje, ele e a
mulher têm loja na Aimorés e
moram na Aclimação.
(MB)
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