São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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FOCO

Associação faz excursões no rio Pinheiros sujo e no limpo

ANDRÉ MONTEIRO
DE SÃO PAULO

Acostumados com um rio Pinheiros fétido e poluído, cerca de 30 paulistanos puderam conhecer ontem uma realidade diferente, a pouco mais de 70 km da capital.
Cristalina, a água de um dos principais afluentes do rio antes de ele ter seu fluxo invertido, em meados do século passado, nasce de uma fonte encravada na serra do Mar, em Paranapiacaba (distrito de Santo André, no ABC paulista).
Foi ali, após duas horas de trilha, que monitores ambientais apresentaram o rio Grande ao grupo.
"Eu olho o Pinheiros todo dia da janela do trabalho. É uma coisa horrível, às vezes aquela coisa preta parece gelatina, que não está correndo para nenhum lugar. Conhecer a nascente foi o máximo", disse a economista Andréa Karady, 38, uma das participantes da excursão.
O passeio foi uma das 30 "expedições" organizadas ontem pela Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, que tem como objetivo promover a "retomada da interação do paulistano com o rio". Em outros pontos, foram realizadas atividades com bicicleta, caminhadas por córregos escondidos e até saraus de literatura.
Cerca de 700 pessoas acompanharam as atividades. As expedições foram o primeiro grande investimento da associação, que reúne empresas instaladas às margens do Pinheiros.
Os participantes, recrutados nessas empresas, foram convidados a registrar tudo em foto e vídeo para alimentar um site colaborativo.
Para o fotógrafo Mauricio Simonetti, 52, coordenador da viagem à nascente, mostrar um Pinheiros limpo é um dos primeiros passos para a sua revitalização. "Com certeza o rio pode ser mais desfrutado. A tecnologia já existe, depende de vontade das pessoas e do poder público."


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