São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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OUTRO LADO

Problema é concentrado no meio rural, diz ministro

Outra dificuldade citada é o fato de o governo não poder obrigar a população analfabeta a voltar para a escola

DO RIO

Para o ministro Fernando Haddad (Educação), a maior dificuldade na alfabetização de adultos hoje é que ela está concentrada no meio rural.
Ele argumenta que o problema não está na oferta, mas na falta de demanda por parte de uma população ocupada principalmente em atividades agrícolas.
"Se considerarmos apenas a população de 15 a 59 anos nas cidades, a taxa de analfabetismo é de cerca de 5%. No meio rural, essa proporção se aproxima de 20%."
Por essa razão, Haddad diz que o MEC está trabalhando para ruralizar cada vez mais o programa. "Há maior dificuldade de organizar turmas de alfabetização para uma população que está dispersa no campo e ocupada."
Outra dificuldade citada por ele é o fato de o poder público não poder obrigar a população analfabeta a voltar para a escola.
"Na faixa etária de zero a 17 anos, isto pode ser feito, pois a criança ou jovem estão sob o pátrio poder dos responsáveis. A partir de 18, você pode oferecer as vagas, mas não tem como obrigar a matrícula", argumenta.
Segundo Haddad, não é verdade que o programa Brasil Alfabetizado tenha sido tratado de forma não prioritária em sua gestão. De acordo com levantamento da ONG Contas Abertas, o governo gastou R$ 3 bilhões com o programa desde 2004.
"Desde o governo Lula, não houve restrição orçamentária para o programa. E nós também incluímos as matrículas para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no cálculo dos repasses do Fundeb -fundo que redistribui por aluno recursos públicos para a educação-, coisa que não era feita antes."


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