|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
41% dos médicos prescrevem produto
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde com 446 médicos
paulistas mostra que apenas 41%
deles prescrevem a vacinação
contra a gripe para idosos, embora 88% concordem que a doença
cause graves complicações aos
maiores de 59 anos.
Foram entrevistados médicos
de sete especialidades -cardiologia, clínica-geral, endocrinologia,
geriatria, infectologia, ortopedia e
pneumologia. Apenas os pneumologistas/infectologistas (88%)
e os geriatras (76%) prescrevem a
vacina regularmente. Entre os clínicos-gerais, a prática é adotada
por 45% deles.
Em adultos jovens sadios, a indicação da vacina ainda é controversa. Para Para o médico José
Antonio Atta, chefe do ambulatório de clínica-geral do Hospital
das Clínicas de São Paulo, ela
"não é necessária" porque dificilmente a pessoa nessas condições
terá complicações mais sérias
com a gripe.
O infectologista Otávio Augusto
Leite Cintra discorda. Para ele, a
gripe prejudica a qualidade de vida das pessoas. "Não há contra-indicação para a vacina, a não ser
em casos específicos."
Dos médicos consultados na
pesquisa, 48% atribuíram a baixa
prescrição de vacinas à falta de informações. Para Atta, ainda há
"muita ignorância de médicos
que não conhecem as vantagens
da vacina para idosos".
O geriatra João Toniolo Neto
diz que outra possível razão é que
as pessoas fazem muita confusão
entre gripe e resfriado, o que pode
gerar desconfiança em relação à
eficácia da vacina. "Além de baixar o número de mortes, a imunização reduz as internações."
Texto Anterior: Mutação traz vírus mais agressivo Próximo Texto: Servidores da Saúde avaliam hoje se retomam greve Índice
|