São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2004

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41% dos médicos prescrevem produto

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde com 446 médicos paulistas mostra que apenas 41% deles prescrevem a vacinação contra a gripe para idosos, embora 88% concordem que a doença cause graves complicações aos maiores de 59 anos.
Foram entrevistados médicos de sete especialidades -cardiologia, clínica-geral, endocrinologia, geriatria, infectologia, ortopedia e pneumologia. Apenas os pneumologistas/infectologistas (88%) e os geriatras (76%) prescrevem a vacina regularmente. Entre os clínicos-gerais, a prática é adotada por 45% deles.
Em adultos jovens sadios, a indicação da vacina ainda é controversa. Para Para o médico José Antonio Atta, chefe do ambulatório de clínica-geral do Hospital das Clínicas de São Paulo, ela "não é necessária" porque dificilmente a pessoa nessas condições terá complicações mais sérias com a gripe.
O infectologista Otávio Augusto Leite Cintra discorda. Para ele, a gripe prejudica a qualidade de vida das pessoas. "Não há contra-indicação para a vacina, a não ser em casos específicos."
Dos médicos consultados na pesquisa, 48% atribuíram a baixa prescrição de vacinas à falta de informações. Para Atta, ainda há "muita ignorância de médicos que não conhecem as vantagens da vacina para idosos".
O geriatra João Toniolo Neto diz que outra possível razão é que as pessoas fazem muita confusão entre gripe e resfriado, o que pode gerar desconfiança em relação à eficácia da vacina. "Além de baixar o número de mortes, a imunização reduz as internações."


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