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Servidores da Saúde avaliam hoje se retomam greve
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma assembléia de servidores
estaduais da saúde hoje pode decidir pela retomada da greve. A
paralisação, iniciada em 10 de
maio, tinha sido interrompida
desde o último dia 9, quando os
grevistas passaram a aguardar
nova proposta do governo, permanecendo em "estado de greve".
A diretoria do Sindsaúde, sindicato que reúne a categoria no Estado, disse que a tendência da assembléia de hoje é pela retomada
da paralisação.
Ontem, o Palácio dos Bandeirantes ofereceu um reajuste de
20% sobre as gratificações e um
aumento de R$ 50 por plantão
médico de 12 horas, que hoje é de
R$ 250. A proposta, porém, só valeria a partir de outubro. Segundo
o Sindsaúde, isso representaria
um reajuste que varia de 8,26%
(auxiliares de serviço) a 12,47%
(médico e cirurgião-dentista) sobre o total de vencimentos. E a categoria quer reajuste de 30% sobre o total de vencimentos, não
apenas sobre as gratificações.
Ao saberem da contraproposta
do Estado, os servidores do HC
(Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto decidiram ontem mesmo retomar a greve.
A Secretaria de Estado da Saúde
argumenta que o governo propôs
ainda medidas para melhorar as
condições de trabalho, como programas de qualificação técnica.
Em um ponto as duas partes parecem concordar: sindicato e secretaria negaram que o atendimento esteja interrompido em algumas unidades.
Alguns pacientes, porém, não
concordam com essa avaliação. A
professora Simone Alves de
Aguiar, 45, saiu cedo de Guarulhos (Grande SP), onde mora, e
chegou às 9h ao Hospital do Servidor Estadual, ontem. Seis horas
depois, às 15h, ela ainda aguardava a chegada de uma médica para
examinar seu olho direito, que sofreu cirurgia para correção de um
descolamento de retina.
"Eu vim achando que tinha acabado a greve. Vim até aqui, e a
médica ainda não chegou. Tenho
que esperar sentada", disse Simone, que ainda assim manifestou
solidariedade aos grevistas.
Colaborou o "Agora"
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