DO "AGORA"

O soldado Nivaldo Caliman, 42, foi preso em flagrante por roubo e tentativa de homicídio anteontem no Tatuapé, zona leste de São Paulo. Caliman tem 22 anos de carreira na Polícia Militar.
De acordo com testemunhas, o soldado ameaçou o proprietário do bar Karinha's, na rua Vilela, com um revólver 38 da corporação e saiu do local levando R$ 2.238, às 21h de anteontem.
Na fuga, ele atirou em três fregueses que tentaram impedi-lo de fugir, mas não chegou a atingir nenhum deles.
Uma das testemunhas avisou policiais que estavam em um carro de polícia do mesmo batalhão de Caliman. Os policiais militares o detiveram em flagrante e o levaram à delegacia de polícia.
De acordo com o major Sílvio Roberto Montagner, responsável pelo batalhão, o acusado nunca havia respondido por infrações na corporação.

Caixa eletrônico
Em depoimento à polícia, Caliman negou que tivesse assaltado o bar e afirmou que o dinheiro havia sido sacado em um caixa eletrônico da praça Sílvio Romero, também no Tatuapé, pouco antes de ter sido preso.
Testemunhas disseram à polícia que Caliman chegou ao bar por volta das 15h, em roupas civis, e foi direto para a máquina caça-níqueis. Durante seis horas, jogou e bebeu pinga e cerveja.
Por volta das 21h, Caliman pediu ao dono do bar, Edson Hirokazu Goya, 50, que tirasse do caça-níqueis um pequeno prêmio em dinheiro que havia ganho. O soldado mostrou a arma debaixo da camisa e anunciou o assalto.

Disparos
Os disparos contra as três testemunhas ocorreram quando elas tentaram impedi-lo de entrar em um táxi. O soldado se virou e atirou na direção delas.
Com a passagem de um carro da polícia, Caliman foi preso e reconhecido na delegacia pelas testemunhas do assalto.
Por volta das 4h, o soldado foi transferido para o presídio Romão Gomes, da Polícia Militar, na zona norte de São Paulo.
Na saída da delegacia, Caliman foi protegido das lentes dos fotógrafos por uma barreira formada por pelo menos oito policiais.


Texto Anterior: Segurança: Greve nos presídios de SP tem adesão recorde
Próximo Texto: Educação: Alunos apóiam, e servidores trancam a USP
Índice