São Paulo, terça-feira, 16 de junho de 2009

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França desmente Lula sobre indenizações

Presidente brasileiro havia dito que o governo francês arcaria com os pagamentos às famílias das vítimas do voo 447

Segundo o governo francês, indenizações ficarão por conta da Air France; escritório da companhia no Brasil diz que seguradoras pagarão

Eric Feferberg/France Presse
Lula recebe Nicolas Sarkozy, presidente da França, na embaixada brasileira em Genebra, na Suíça, onde eles almoçaram ontem

SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

Brasil e França se desentenderam ontem sobre o pagamento de indenizações aos familiares dos 228 mortos no acidente do Airbus da Air France.
Em Genebra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, depois de almoçar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que o governo francês arcará com as indenizações. A França, horas depois, negou que assumirá os pagamentos.
""Ele [Sarkozy] disse para ficar tranquilo porque a França assumirá a responsabilidade pela indenização das famílias brasileiras, francesas e de outros países", disse Lula, antes de sair da Suíça rumo à Rússia.
O voo 447, que caiu no Atlântico no dia 31 após sair do Rio com direção a Paris, levava pessoas de 32 nacionalidades. Segundo o governo francês, as indenizações ficarão por conta da Air France.
No Brasil, o escritório da Air France informou que os pagamentos são de responsabilidade da AXA, que representa um grupo de seguradoras. Ontem, a AXA informou que a Air France receberá 67,4 milhões (R$ 181 milhões) pela perda do Airbus-A330.
Também a Federação Francesa de Seguradoras rechaçou a possibilidade de o governo francês se encarregar dos pagamentos. Segundo ela, a Convenção de Montreal, de 1999, determina que cabe à transportadora indenizar vitimas de acidentes aéreos. França e Brasil são signatários do acordo.
Segundo Lula, Sarkozy disse que não vai "sossegar" até encontrar a caixa-preta do avião.
Lula comentou que fez a mesma rota do Airbus para chegar a Genebra. ""Tem coisas que você não pode mudar. E você não pode achar que um possível problema técnico vai acontecer todo dia, toda hora."


Com agências internacionais


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