São Paulo, terça-feira, 16 de junho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JORGE HARGESHEIMER (1944-2009)

Ele viu a foto evoluir, do preto e branco à era digital

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A vida profissional do filho de imigrantes alemães Jorge Hargesheimer teve início numa foto em preto e branco.
Jovem, com cerca de 14 anos, começou como aprendiz num tradicional estúdio de fotografia, de alemães, no Brooklin, zona sul de São Paulo.
Fotografava casamentos, aniversários e batizados.
Quando ele próprio se casou, teve de recorrer a um amigo para registrar a festa.
Em 1967, conheceu a mulher, Sueli, num clube. Dois anos depois, oficializaram a união.
Como não conseguia ser fotógrafo e noivo ao mesmo tempo, Ronaldo -amigo que seria, depois, seu funcionário- quebrou-lhe o galho.
Três anos depois, dois filhos para criar e o terceiro por vir, o casal decidiu vender a casa e investir o dinheiro na compra de uma loja, no Campo Belo (zona sul da capital), chamada Foto G Comercial.
Numa prateleira, seu Jorge, como era chamado, guardou as câmeras antigas. Autodidata e sempre ligado, acompanhou a evolução da fotografia.
Nos anos 80, lembra o filho Fabio, viu as imagens ganharem cores na revelação. As mudanças foram gradativamente ocorrendo e, no começo dos anos 2000, teve de se adaptar à era digital. O que era preto e branco, no início, virou colorido e digital.
O negócio se expandiu: hoje são três lojas. A nova casa foi comprada cerca de seis anos depois de a loja começar.
Morreu domingo (7), aos 65, de falência de órgãos. Tinha um câncer de pâncreas. Teve três filhos e uma neta.

obituario@grupofolha.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Paulista é inadequada para a Parada Gay, diz Kassab
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.