|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Área do Instituto Biológico não cresce mais
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar da explosão imobiliária
que rodeia o local, uma área no
centro da subprefeitura da Vila
Mariana não deve mais crescer.
Ali, o plano diretor regional definiu: os prédios poderão ter, no
máximo, 15 metros de altura.
A área fica próxima ao Instituto
Biológico, uma construção que já
é tombada pelo Condephaat e pelo Compresp (conselhos estadual
e municipal de defesa do patrimônio, respectivamente).
No ano passado, a extensão do
tombamento municipal a casinhas na frente do instituto gerou
conflito entre os moradores que
apoiaram a medida e os que achavam que as casas não eram mais
viáveis nem para habitação nem
para comércio, e, portanto, não
deviam ser tombadas.
A definição dos 15 metros como
altura limite para os prédios que
ficam perto do instituto também
gerou discussões entre os moradores durante a elaboração do
plano regional.
"Não houve acordo entre os
grupos e acabamos optando por
uma área mista de baixa densidade, com predominância do uso
residencial", disse o arquiteto
Luiz Fernando Vecchia, da subprefeitura da Vila Mariana.
A definição abrange a área localizada entre as ruas França Pinto,
Rio Grande, Marselhesa, Capitão
Macedo e Sena Madureira.
Aspecto visual
Antes do plano, a região era
uma Z2 -os prédios não tinham
limite de altura e os proprietários
eram autorizados a construir até
2,5 vezes o tamanho do terreno.
"Essa decisão é boa pois preserva o Instituto Biológico do ponto
de vista visual, ele não será mais
coberto por prédios", comemorou a urbanista Regina Monteiro,
do Defenda São Paulo.
"É verdade que, para quem queria vender o imóvel, houve uma
desvalorização. Mas do ponto de
vista geral, a verticalização prejudicaria o bairro", afirma César
Angelucci, da AMAV.
O Condephaat também criou
restrições a novas construções
perto do Instituto Biológico,
quando o tombou, em 2002. O órgão definiu, em um raio de 300
metros a partir do instituto, as características necessárias para a
aprovação de novos prédios. Antes, porém, a entidade foi pressionada por moradores.
"A lei de zoneamento era permissiva e os moradores queriam
mudá-la mediante um tombamento. Nós não podíamos fazer
nada, pois o caso estava em estudo e nós só pensamos na preservação do monumento. Agora, o
plano estabeleceu uma altura ainda menor que a exigida por nós,
pensando urbanisticamente. Para
os moradores, é uma vantagem",
disse o presidente do Condephaat, José Roberto Melhem.
(AL)
Texto Anterior: Urbanismo: Vila Mariana aposta em acessibilidade Próximo Texto: Projeto quer reintegrar áreas ao Ibirapuera Índice
|