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Armamento é apreendido após escutas telefônicas
Armas encontradas pelas polícias Federal e Rodoviária chegaram ao Rio no fim de semana e seriam entregues a traficantes
DA SUCURSAL DO RIO
Oito fuzis, uma metralhadora, seis submetralhadoras e
cerca de 6.000 munições de diversos calibres foram apreendidos nos três últimos dias no
interior do Estado do Rio pela
PF (Polícia Federal) e pela Polícia Rodoviária Federal.
As investigações que levaram
à descoberta dos armamentos
começaram no ano passado, informou a PF. Por meio de escutas telefônicas, os policiais federais encarregados do caso
descobriram que os carregamentos chegariam ao Rio durante o fim de semana.
A primeira carga apreendida
estava dentro de um Meriva
com placa de Belo Horizonte. O
carro foi parado na via Dutra
(Rio-São Paulo), na altura do
município de Seropédica (Baixada Fluminense), na noite de
sexta-feira. As munições, a metralhadora e quatro fuzis calibre 7.62 estavam escondidos
dentro do Meriva. O motorista
Paulo Peixoto Farias foi preso.
De acordo com a PF, as armas
seriam entregues a traficantes
de drogas do morro do Turano,
no Rio Comprido (zona norte).
Na madrugada de sábado, os
policiais encontraram quatro
fuzis calibre 7.62 e as seis submetralhadoras no bagageiro de
um ônibus que passava pela rodovia Rio-Santos, na altura de
Paraty, cidade litorânea a 240
km do Rio.
O ônibus ia de São Paulo para
Itaguaí (cidade na Baixada Fluminense). Três mulheres foram presas sob a acusação de
serem as principais responsáveis pelo carregamento: Sandra
Regina de Oliveira, 55, Shirley
de Oliveira da Silva, 26, e Márcia Regina Gonçalves, 40.
Negativa
Em nota oficial, a Superintendência da PF no Rio negou
que tenha feito gravações de telefonemas supostamente trocados por dois traficantes do
complexo de favelas do Alemão
(zona norte do Rio) no último
dia 27, durante megaoperação
onde 19 pessoas foram mortas
pela polícia.
Nas conversas, os traficantes
teriam dito que 15 fuzis foram
apreendidos por policiais militares. Como só três fuzis foram
apresentados pela polícia, surgiu a suspeita que as outras armas teriam sido vendidas de
volta aos criminosos do complexo do Alemão. "Os diálogos
(...) são desconhecidos pelo Departamento de Polícia Federal", informa a nota.
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