São Paulo, segunda-feira, 16 de julho de 2007

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Armamento é apreendido após escutas telefônicas

Armas encontradas pelas polícias Federal e Rodoviária chegaram ao Rio no fim de semana e seriam entregues a traficantes

DA SUCURSAL DO RIO

Oito fuzis, uma metralhadora, seis submetralhadoras e cerca de 6.000 munições de diversos calibres foram apreendidos nos três últimos dias no interior do Estado do Rio pela PF (Polícia Federal) e pela Polícia Rodoviária Federal.
As investigações que levaram à descoberta dos armamentos começaram no ano passado, informou a PF. Por meio de escutas telefônicas, os policiais federais encarregados do caso descobriram que os carregamentos chegariam ao Rio durante o fim de semana.
A primeira carga apreendida estava dentro de um Meriva com placa de Belo Horizonte. O carro foi parado na via Dutra (Rio-São Paulo), na altura do município de Seropédica (Baixada Fluminense), na noite de sexta-feira. As munições, a metralhadora e quatro fuzis calibre 7.62 estavam escondidos dentro do Meriva. O motorista Paulo Peixoto Farias foi preso.
De acordo com a PF, as armas seriam entregues a traficantes de drogas do morro do Turano, no Rio Comprido (zona norte).
Na madrugada de sábado, os policiais encontraram quatro fuzis calibre 7.62 e as seis submetralhadoras no bagageiro de um ônibus que passava pela rodovia Rio-Santos, na altura de Paraty, cidade litorânea a 240 km do Rio.
O ônibus ia de São Paulo para Itaguaí (cidade na Baixada Fluminense). Três mulheres foram presas sob a acusação de serem as principais responsáveis pelo carregamento: Sandra Regina de Oliveira, 55, Shirley de Oliveira da Silva, 26, e Márcia Regina Gonçalves, 40.

Negativa
Em nota oficial, a Superintendência da PF no Rio negou que tenha feito gravações de telefonemas supostamente trocados por dois traficantes do complexo de favelas do Alemão (zona norte do Rio) no último dia 27, durante megaoperação onde 19 pessoas foram mortas pela polícia.
Nas conversas, os traficantes teriam dito que 15 fuzis foram apreendidos por policiais militares. Como só três fuzis foram apresentados pela polícia, surgiu a suspeita que as outras armas teriam sido vendidas de volta aos criminosos do complexo do Alemão. "Os diálogos (...) são desconhecidos pelo Departamento de Polícia Federal", informa a nota.


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