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Pais questionam qual momento é o melhor para fazer a mudança
DA REPORTAGEM LOCAL
Decidir se é melhor deixar a
criança ser alfabetizada na escola de educação infantil que já
freqüenta ou mudá-la para uma
que tenha ensino fundamental
de nove anos é a nova dúvida
dos pais de crianças de 5 anos.
Se antes, as que freqüentavam pré-escolas naturalmente
trocavam de colégio ao fim do
pré, para iniciar a antiga primeira série, agora a pergunta
que ronda a cabeça dos pais é se
não será melhor fazer a mudança antes, ao fim do Jardim, para
que já cursem todo o fundamental na nova escola.
"O Lucas acabou de fazer 5
anos, está no maternal e minha
idéia inicial era deixá-lo fazer o
pré na mesma escola", conta a
contadora Suélen Machado Pires, 38. "Mas, se eu fizer isso,
ele entrará no novo colégio no
segundo ano e pode estranhar o
ritmo da turminha." Por outro
lado, afirma, se faz a mudança
agora, Lucas irá mais novo para
uma escola grande, com horários mais rígidos e cobranças.
"Estou perdida."
Procura grande
Suélen não está sozinha, dizem diretores e especialistas.
Paula Faria Cury, da Escola
Santo Inácio, conta que vem
sendo muito procurada por
pais em busca de orientações
sobre a mudança. "Digo que, se
ele está contente com o colégio
de educação infantil, faça a mudança apenas no segundo ano."
A sugestão dos especialistas
também é a de que a criança seja alfabetizada na escola que já
freqüenta. Desde que os pais
estejam satisfeitos com ela. "Se
não estiverem, acho que devem
procurar por um colégio que
veja o primeiro ano como o antigo pré, que tenha espaço para
brincadeiras e respeite o ritmo
das crianças", diz Maria Ângela
Carneiro, da PUC-SP
Mãe de Débora, 6, a pedagoga
Elisabeth Cardoso, 48, acha
que é puxado para crianças de
seis anos freqüentarem o ensino fundamental. "Minha filha
já está no segundo ano, ela
acompanha bem, mas às vezes
tem preguiça de escrever. Ela é
muito nova e, nessa idade, é natural que queiram brincar."
No ano passado, em vez do
pré, a menina fez o que seu colégio chama de ano inicial.
"Conversei com ela e com as
professoras para ver se era melhor fazer de novo, foi uma dúvida, mas optamos pelo avanço
porque ela queria e estava dando conta", diz.
(DT)
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