São Paulo, segunda-feira, 16 de julho de 2007

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Pais questionam qual momento é o melhor para fazer a mudança

DA REPORTAGEM LOCAL

Decidir se é melhor deixar a criança ser alfabetizada na escola de educação infantil que já freqüenta ou mudá-la para uma que tenha ensino fundamental de nove anos é a nova dúvida dos pais de crianças de 5 anos.
Se antes, as que freqüentavam pré-escolas naturalmente trocavam de colégio ao fim do pré, para iniciar a antiga primeira série, agora a pergunta que ronda a cabeça dos pais é se não será melhor fazer a mudança antes, ao fim do Jardim, para que já cursem todo o fundamental na nova escola.
"O Lucas acabou de fazer 5 anos, está no maternal e minha idéia inicial era deixá-lo fazer o pré na mesma escola", conta a contadora Suélen Machado Pires, 38. "Mas, se eu fizer isso, ele entrará no novo colégio no segundo ano e pode estranhar o ritmo da turminha." Por outro lado, afirma, se faz a mudança agora, Lucas irá mais novo para uma escola grande, com horários mais rígidos e cobranças. "Estou perdida."

Procura grande
Suélen não está sozinha, dizem diretores e especialistas. Paula Faria Cury, da Escola Santo Inácio, conta que vem sendo muito procurada por pais em busca de orientações sobre a mudança. "Digo que, se ele está contente com o colégio de educação infantil, faça a mudança apenas no segundo ano."
A sugestão dos especialistas também é a de que a criança seja alfabetizada na escola que já freqüenta. Desde que os pais estejam satisfeitos com ela. "Se não estiverem, acho que devem procurar por um colégio que veja o primeiro ano como o antigo pré, que tenha espaço para brincadeiras e respeite o ritmo das crianças", diz Maria Ângela Carneiro, da PUC-SP
Mãe de Débora, 6, a pedagoga Elisabeth Cardoso, 48, acha que é puxado para crianças de seis anos freqüentarem o ensino fundamental. "Minha filha já está no segundo ano, ela acompanha bem, mas às vezes tem preguiça de escrever. Ela é muito nova e, nessa idade, é natural que queiram brincar."
No ano passado, em vez do pré, a menina fez o que seu colégio chama de ano inicial. "Conversei com ela e com as professoras para ver se era melhor fazer de novo, foi uma dúvida, mas optamos pelo avanço porque ela queria e estava dando conta", diz. (DT)


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