São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 2002

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PANORÂMICA

CRISE NA USP

Poucos alunos voltam às aulas após assembléia que encerrou greve na FFLCH
As salas de aula da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP continuaram vazias ontem, um dia depois de uma assembléia dos estudantes ter decidido, por 637 votos a 511, acabar com a greve que durou 106 dias.
Sedi Hirano, diretor da FFLCH, afirmou ontem que o calendário de continuidade das aulas será adequado à realidade de cada curso.
A previsão é que o ano letivo de 2002 termine antes de março do próximo ano. A expectativa, de acordo com o diretor, é que na próxima segunda-feira as aulas voltem à normalidade em todos os cursos.
A greve, iniciada em 30 de abril, expôs a crise vivida pela faculdade, a maior da USP (Universidade de São Paulo), com mais de 12 mil estudantes, cerca de 20% de toda a universidade. A principal reivindicação feita pelos estudantes era a contratação de 259 professores para a FFLCH, que tem a pior relação aluno/docente da USP -35 para 1, quando a média da universidade é 14 para 1.
A reitoria, que, inicialmente, autorizou a contratação de 26 professores, chegou à proposta final de 92 docentes -68 para começar no primeiro semestre de 2003 e 24 no semestre seguinte. A negociação teve intervenções do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e de intelectuais, como o crítico Antonio Candido, o geógrafo Aziz Ab'Saber, a filósofa Marilena Chaui e os sociólogos Octavio Ianni e Francisco de Oliveira. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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