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São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2003

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Soldados do Exército são presos por desvio de munição no Rio

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

Dois soldados e um cabo do 3º Batalhão de Infantaria do Exército, em São Gonçalo (região metropolitana do Rio), tiveram a prisão preventiva decretada no início do mês, sob a acusação de envolvimento no desvio de mil cartuchos de fuzil e cem de pistola, que estavam armazenados em um paiol do quartel.
A munição foi desviada no dia 12 de junho e ainda não foi recuperada. Os nomes dos militares presos não foram revelados. Eles estão detidos no batalhão.
Segundo o Exército, além dos três militares, participaram da ação um ex-soldado da unidade e um civil, conhecido apenas pelo apelido. O nome dos outros envolvidos não foi fornecido.
Na época do furto, 700 militares ficaram detidos no batalhão durante dois dias para averiguação. O inquérito policial militar que apurou o sumiço da munição já foi encaminhado à Justiça Militar.

Tráfico
A polícia suspeita que a munição possa estar em poder de traficantes do Comando Vermelho.
Policiais ouvidos pela Folha disseram que o reforço de operações nas fronteiras estaduais tem reduzido a entrada de armas e de munição no Rio de Janeiro.
Devido à oferta escassa, traficantes estariam planejando invadir unidades militares para conseguir armamento e, assim, reforçar seus arsenais.
As suspeitas levantadas pela polícia são reforçadas pelo fato de, seis dias após o sumiço das armas, traficantes do morro do Martins, vizinho ao 3º Batalhão de Infantaria do Exército, terem tentado invadir o quartel.
Depois do desaparecimento da munição e da tentativa de invasão, a polícia e o próprio Exército reforçaram a segurança no 3º Batalhão de Infantaria.


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