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Comandante do Airbus da TAM é enterrado no CE
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Familiares e amigos de
Kleyber Aguiar Lima, o comandante do vôo JJ 3054
da TAM, que se chocou
contra um prédio ao não
conseguir frear em Congonhas, no último dia 17 de
julho, participaram ontem
do enterro do piloto, em
Fortaleza.
Com camisetas brancas
com uma foto do piloto e
uma passagem bíblica estampadas, os parentes silenciaram sobre a hipótese levantada pelas investigações sobre um possível
erro humano no acidente.
Quem falou sobre isso
foi o padre que fez a missa
de corpo presente no cemitério Parque da Paz,
Francisco Nélio Façanha
de Abreu. Durante a celebração, o religioso chamou
Lima de "herói dos ares" e
"mártir", e disse lamentar
que, mesmo depois de
morto, "haja tanta calúnia,
tanta difamação".
"Acontece uma tragédia
dessas, mas ficam lá a discutir coisas que não vão
trazer o nosso irmão de
volta, só para macular a
imagem dele", disse o padre, no sermão. "Para
mim, o problema maior
está em Brasília, onde os
políticos deixam de fazer o
que é necessário."
A imprensa não pôde se
aproximar do enterro. Um
funcionário da TAM chegou a pedir que cinegrafistas e fotógrafos não captassem imagens próximas
do caixão nem dos familiares, o que foi respeitado.
Outros funcionários da
companhia aérea que
acompanhavam o enterro
disseram que não podiam
dar entrevistas.
Apenas uma das irmãs
do piloto falou, ao fim da
cerimônia. "É uma felicidade podermos concluir
este ciclo", disse Sheyla
Silveira, ao explicar o fim
da angústia após a identificação do corpo pelo IML
(Instituto Médico Legal).
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