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FOCO
Plano de saúde põe chip em cachorros para evitar fraudes
VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
DE SÃO PAULO
O tratamento ortopédico,
que incluiu até um pino na
pata, doeu na fox paulistinha
Cindy e no bolso da dona, a
geógrafa Letícia Sartori.
Depois de gastar uns
R$ 7.000 com tratamentos,
cirurgias e o parto da cadela,
resolveu aderir a um plano
de saúde para cachorro.
"É um sofrimento porque
ela é como se fosse minha filha. Ela já está mais idosa e
começou a dar defeito como
carro velho", diz Letícia, dona da Cindy, de 15 anos.
Para não confundir com
cachorros muito parecidos, a
operadora exige a implantação de um microchip para
identificação do animal.
Além de evitar fraudes, facilita o prontuário nas consultas
veterinárias.
Assim como os demais
usuários, a cadela Cindy é
chipada. A aplicação é com
uma pistola de vacinação.
"Nem sinto o chip, passo a
mão pelo dorso e não percebo nada, é do tamanho de
um grão de arroz", diz Letícia, que paga R$ 70 mensais
pelo plano de saúde do cão.
A depender da cobertura e
do porte do animal, o valor
da mensalidade varia de
R$ 39 a R$ 154. São Bernardo
e dog alemão são as raças
mais caras no convênio.
"Além de ser uma identidade do animal, é a única forma de nos certificarmos de
que aquele bicho é mesmo o
segurado. Quem levar outro
está roubando do seu próprio
cão", diz a empresária Ana
Luiza Ziller, dona do plano
DogLife e da lhasa apso Vida.
Assim como nos planos de
saúde para humanos, o convênio para os animais tem
carência, limite de consultas,
rede credenciada que varia
de acordo com o plano contratado e é mais barato para
bichos com menos de 6 anos.
"Eu mesma tinha uma despesa muito alta com meus
cães", completa Ana Luiza
que, inspirada no próprio orçamento e no modelo norte-americano, abriu o plano há
quatro anos.
SEM DADOS
Diferentemente das operadoras de planos de saúde humanos, não existe agência
reguladora para o setor, mas
o crescimento desse mercado
é tanto que o Conselho Federal de Medicina Veterinária
publicou uma resolução para
regulamentar a atividade.
"Os veterinários devem estar inscritos nos conselhos
federal e regionais", orienta
Benedito de Arruda, presidente do Conselho Federal
de Medicina Veterinária.
"Aqui em casa cachorro
tem mais direito do que gente. Assim como tenho Unimed faço questão de que a
Cindy também tenha plano
de saúde", diz Letícia.
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