da Reportagem Local

Professor de direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o juiz José Ruy Borges Pereira, 41, preside o 1º Tribunal do Júri, na Vila Mariana (zona sudoeste), há cinco anos.
Conhecido entre os colegas como "mão pesada" (ou seja, aplicador de penas altas), Borges Pereira já presidiu mais de mil julgamentos. "De todos os júris que presidi, esse (do maníaco) é o mais grave."
A pena mais alta aplicada por Borges Pereira ocorreu no julgamento de Marcos Antonio dos Santos, que cometeu homicídio quádruplo contra a família de Luiz Hysachi Ikeda.
O crime ocorreu em 12 de março de 1990. Santos foi condenado, em 23 de julho de 92, a 144 anos de prisão -até então, a maior pena aplicada pela Justiça de São Paulo.
Detalhe: o réu, como o motoboy Francisco de Assis Pereira, também dizia ter problemas mentais. Ele afirmou que, para cometer o crime, recebeu "ordens mentais" do vocalista de um grupo de rock norueguês.
Borges Pereira, que já publicou três livros jurídicos, também presidiu o julgamento do comerciante Constantino Cheretis, que matou os pais em fevereiro de 93. Ele foi condenado a 33 anos de prisão. (CA)


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