da Reportagem Local

Dono de uma oratória considerada por seus colegas quase imbatível, o promotor Edilson Mougenot Bonfim, 34, ganhou um sugestivo apelido logo que assumiu a acusação do caso do maníaco do parque.
Desde a semana passada, ele passou a ser conhecido no meio forense como o "maníaco do parquet " (em francês, assoalho. Na França, onde surgiu o Ministério Público, os promotores são chamados de membros do parquet -pronuncia-se parquê).
Formado em uma faculdade de Marília (443 km de SP), Bonfim está há 11 anos na promotoria, sempre no júri. Hoje, ele é um dos promotores titulares do 1º Tribunal do Júri. Com uma alta taxa de condenação (cerca de 90% segundo seus colegas), Bonfim é tido como "terrível" em plenários.
De fala e raciocínio muito rápidos, o promotor é tido como extremamente convincente durante sua oratória. Respeitado no país inteiro -vai presidir pela segunda vez o Congresso Nacional dos Promotores do Júri-, Bonfim já editou dois livros jurídicos. No entanto, seus colegas apontam dois defeitos: é pouco técnico e só assume um caso quando tem quase certeza que o réu vai acabar sendo condenado. (CA)



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