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DROGAS
Brasil volta aos 20 maiores do tráfico dos EUA
IURI DANTAS
DE WASHINGTON
O presidente dos EUA, George
W. Bush, voltou a incluir o Brasil
na lista dos 20 países com maior
participação na produção ou
trânsito de drogas no mundo, devido à característica brasileira de
rota do tráfico de cocaína da Colômbia e maconha do Paraguai e
da Bolívia. O documento, enviado
ao Congresso e baseado em levantamento do Departamento de Estado, excluiu o Vietnã e a China.
A Venezuela, que recentemente
rompeu ligações com a DEA
(Agência de Combate às Drogas,
dos Estados Unidos), é criticada
no relatório. Segundo Bush, "é vital para os interesses nacionais
dos Estados Unidos fornecer suporte para programas que ajudem as instituições democráticas
da Venezuela, estabeleçam projetos comunitários selecionados de
desenvolvimento e fortaleçam o
sistema partidário" do país.
Em tese, os países indicados na
Major List (lista principal, em tradução livre) estão sujeitos a receber sanções do governo norte-americano. Os que não demonstram cooperação com os EUA no
combate às drogas também podem perder programas de ajuda.
O Brasil é citado desde pelo menos 2001 nesta lista, mas sempre
como um país que coopera com
os norte-americanos.
Os países incluídos no relatório
foram Afeganistão, Bahamas, Bolívia, Burma, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Índia, Jamaica, Laos,
México, Nigéria, Paquistão, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela.
A Folha tentou ouvir o governo
brasileiro. No Ministério da Justiça, a reportagem foi informada
que era a Polícia Federal quem
poderia responder sobre o assunto. A reportagem enviou, por e-mail, a nota divulgada pelos EUA,
mas não houve resposta da PF até
o fechamento desta edição.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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