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Rio tem o menor índice de homicídios desde 1991
Já as mortes de civis em confronto com a polícia aumentaram 9% no 1º semestre
Os homicídios intencionais (dolosos) caíram 8,8% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2007
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
O Rio de Janeiro registrou o
menor número de homicídios
desde 1991. No primeiro semestre deste ano, houve queda
de 8,8% nos homicídios dolosos
(intencionais) em comparação
com o mesmo período de 2007.
Enquanto nos primeiros seis
meses de 2007 foram contabilizados 3.135 homicídios dolosos, no primeiro semestre deste
ano foram anotados 2.859. Os
latrocínios (roubo seguido de
morte) somam 89 e 107, respectivamente.
No mesmo período, as mortes provocadas pela polícia bateram recorde. No ano passado,
foram 694 autos de resistência
(mortes de civis em confrontos
com agentes de segurança)
contra 757 em 2008. Ou seja, a
polícia matou 9% a mais do que
no primeiro semestre de 2007
-apesar da queda de 3% em junho deste ano, em relação ao
mesmo mês do ano anterior.
O número de mortos pela polícia representa 20,3% dos casos em todo o Estado (entre homicídios, latrocínios e autos de
resistência). Em 2007, a polícia
foi responsável por 17,7% do total de mortes no Rio.
De acordo com a Secretaria
de Segurança, há uma "preocupação especial" com homicídios e "há orientação para que a
Polícia Civil investigue e prenda homicidas conhecidos".
Segundo o órgão, a prisão de
procurados por homicídio tem
aumentado, embora não haja
um levantamento oficial. Para a
secretaria, não é possível ligar o
aumento dos autos de resistência à queda dos homicídios.
Para o sociólogo Ignácio Cano, professor da Uerj, a redução
de homicídios é "surpreendente". Ele descarta a hipótese de
que os autos de resistência possam estar levando à redução
dos homicídios.
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