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Procon autua Telefônica por panes em telefone e internet
Processos podem resultar em multas de até R$ 16 milhões, mas empresa tem direito a defesa
Para diretor-executivo do Procon, Telefônica não tem conseguido comprovar que falhas tenham ocorrido por fatores independentes dela
DA REPORTAGEM LOCAL
O Procon de São Paulo autuou ontem a Telefônica em razão de panes nos serviços da
empresa neste ano. Dos cinco
processos administrativos
abertos, dois investigam falhas
no telefone -uma de 9 de junho e a outra da última semana- e três apuram problemas
no serviço de banda larga
Speedy -em fevereiro, abril e
maio.
Juntos, os processos podem
resultar em multas de até R$ 16
milhões. A empresa tem direito
a se defender, e, ao final do processo, pode ou não ser multada.
Contudo, segundo o diretor-executivo do Procon, Roberto
Pfeiffer, a Telefônica não tem
conseguido comprovar que
descontinuidades em seus serviços tenham ocorrido por fatores independentes dela.
"Na primeira pane do telefone a Telefônica disse que o problema ocorreu em razão de erro em terceirizada. Mas, para o
Procon, isso é praticamente assinar o atestado de culpa, já que
companhia se responsabiliza
por eventos de uma empresa
contratada", disse Pfeiffer.
De acordo com ele, apesar de
as panes serem apuradas pela
Anatel, é também importante uma investigação do ponto de vista da
defesa do consumidor para garantir que não haja sensação de
impunidade.
Pfeiffer afirmou ainda que o
Procon está de certa forma assustado com os seguidos problemas da Telefônica. Segundo
ele, a empresa "demonstra ter
problemas estruturais graves,
que comprometem a sua capacidade de garantir a continuidade dos serviços".
A Telefônica informou ontem que não tinha sido notificada da autuação (leia mais no
texto lado).
TAC
O Procon informou ainda
que vem discutindo há quase
cinco meses um TAC (termo de
ajustamento de conduta) com a
empresa, com o objetivo de melhorar a prestação dos serviços.
A Telefônica ocupa pelo terceiro ano seguido o primeiro
posto na lista de reclamações
do Procon. A lista, no entanto, é
contestada em razão de comparar empresas com públicos bastante diferentes.
(MÁRCIO PINHO)
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