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BID libera US$ 600 milhões para despoluição do rio Tietê
Dinheiro será utilizado na implantação de coletores de esgoto e ampliação da rede
DA REPORTAGEM LOCAL
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) liberou um empréstimo à Sabesp
no valor de US$ 600 milhões
para que a empresa de saneamento de São Paulo faça a terceira etapa do Projeto Tietê.
Essa etapa prevê a construção de 580 km de coletores de
esgoto e cerca de 200 mil ligações domiciliares. O objetivo da
companhia é aumentar de 84%
para 87% a coleta de esgoto e de
70% para 84% o tratamento
dos resíduos na Grande SP.
Para obter a verba, a Sabesp
se comprometeu a investir US$
200 milhões nas obras.
O Projeto Tietê começou em
1992 e já consumiu US$ 1,6 bilhão. Além do empréstimo do
BID, a Sabesp contará com recursos próprios e de outras fontes, como BNDES e Caixa Econômica Federal, para totalizar
US$ 1,05 bilhão necessário para
essa terceira etapa.
As obras já começaram. O dinheiro do BID está disponível,
segundo a assessoria de imprensa da empresa, a partir do
primeiro trimestre de 2010.
A terceira etapa do Projeto
Tietê vai até 2015 e tem como
principal objetivo a "melhoria
da qualidade ambiental". Depois dessa fase, a Sabesp prevê
apenas mais uma.
"É um programa de muitos
anos. Há avanço do ponto de
vista da coleta e tratamento de
esgoto", disse Gesner Oliveira,
presidente da empresa de saneamento paulista.
Poluição difusa
Oliveira chama a atenção para um outro problema relacionado diretamente à poluição do
rio: a chamada poluição difusa.
Trata-se do lixo não coletado
que acaba caindo nas águas do
Tietê.
De acordo com a Sabesp, um
quarto da carga poluidora que
atinge o rio é classificada como
poluição difusa.
Dilma Pena, secretária de Saneamento e Energia do Estado,
defendeu o Projeto Tietê e disse que, desde que foi iniciado, a
situação do rio "melhorou muito". "O cheiro melhorou, a
mancha de poluição regrediu e
a aparência paisagística melhorou consideravelmente."
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