Coronel da reserva da PM cuidará da via, hoje dividida entre 3 subprefeituras e que será centralizada pela da Sé

Centralização vai ser oficializada por decreto do prefeito Kassab que será publicado nas próximas semanas

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO

VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Prefeitura de São Paulo vai reativar a função de "gerente da avenida Paulista", com a indicação de um coronel da reserva da Polícia Militar para o cargo.
A manutenção da avenida-símbolo da cidade, hoje dividida entre três subprefeituras, vai ser centralizada na Subprefeitura da Sé, administrada por Nevoral Bucheroni, também ele um coronel de reserva da PM.
A centralização da administração da Paulista vai ser oficializada por um decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM), que será publicado nas próximas semanas.
O subprefeito confirmou à Folha que aguarda apenas a publicação do decreto para nomear um coronel como responsável pela área. A escolha do nome tem o aval de Kassab e do comando da PM.
A função de "gerente da Paulista" é informal -não existe esse cargo na estrutura da prefeitura- e foi criada em 2008 pelo então secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo.
O primeiro gerente foi João Maradei, hoje diretor-executivo da AME Jardins. Ele foi substituído por Heitor Sertão, ex-subprefeito do Jabaquara, que saiu da prefeitura em março para ser candidato a deputado estadual pelo PSDB e não se elegeu.
Já com Sertão, a função estava esvaziada -ele é ligado politicamente a Matarazzo. Com sua saída, a função foi extinta.
Cobrada por moradores e comerciantes para que reativasse a função, a gestão Kassab decidiu centralizar a manutenção da Paulista na Subprefeitura da Sé para que o gerente tivesse de se reportar apenas a um subprefeito, agilizando os trabalhos.
Além de cuidar da manutenção rotineira da avenida -tapa-buracos na via, conserto de calçadas e lixeiras, limpeza de bocas de lobo, etc.-, o gerente da Paulista também acompanha o trabalho de camelôs na região.
A Polícia Militar já é responsável pela fiscalização dos camelôs na Paulista, assim como ocorre em outras áreas de comércio popular de São Paulo.
Hoje, os policiais atuam na Paulista sob orientação do subprefeito Bucheroni, que terá agora um auxiliar nessa função. Por isso a escolha recaiu sobre um coronel da reserva -a avaliação na prefeitura é que os policiais militares não aceitariam trabalhar sob ordens de um civil, especialmente se ele tivesse ligações políticas.


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