Aumento de 15% -acima da inflação no período, que foi de cerca de 7%- deve começar a vigorar na semana que vem

Prefeito promoverá hoje uma reunião para avaliar quanto do Orçamento de 2007 será dado às empresas de ônibus como subsídio

ALENCAR IZIDORO
EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A administração Gilberto Kassab (PFL) deverá anunciar hoje a elevação da tarifa dos ônibus na cidade de São Paulo de R$ 2,00 para R$ 2,30.
Essa era a expectativa de assessores do transporte municipal. O prefeito antecipou de hoje para anteontem uma reunião que teria com Frederico Bussinger, titular da secretaria, para falar sobre esse assunto.
Um integrante da cúpula do transporte disse que a idéia era mandar hoje para a Câmara Municipal os informes da nova passagem para que ela comece a vigorar na semana que vem.
Segundo ele, a decisão de anunciá-la caberia a Kassab, mas os principais assessores foram informados de que a alta da passagem a R$ 2,30 foi considerada a opção adequada.
Confirmada a elevação de 15% na tarifa, ela supera a inflação aferida pelo IPCA (próxima de 7%) desde a data do reajuste anterior, em março de 2005.
A Folha apurou que técnicos municipais ficaram insatisfeitos com a posição do governador paulista, Cláudio Lembo (PFL), de solicitar novos estudos para a elevação da passagem do metrô e dos trens.
Essa era a principal dificuldade para anunciar a alta dos ônibus. Eles alegam urgência e cogitavam revelar a tarifa municipal mesmo sem a definição da rede sobre trilhos.
Hoje pela manhã, Kassab se reunirá com os secretários do Planejamento, Francisco Vidal Luna, e de Finanças, Mauro Ricardo Costa, para discutir sobre a nova tarifa dos ônibus.
Luna e Costa estão de saída da prefeitura. Os dois serão secretários do Estado a partir de janeiro do ano que vem, no governo de José Serra (PSDB).
No encontro, Kassab vai analisar os recursos disponíveis do Orçamento para conceder subsídios às empresas de ônibus.
Técnicos municipais diziam que uma tarifa a R$ 2,20 já poderia equilibrar as contas hoje, mas Kassab avaliava a possibilidade de elevar a passagem até R$ 2,40. Esse valor máximo seria uma garantia de não haver novos reajustes e evitar desgastes até as eleições de 2008.


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