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Entidades dizem
esperar desconto
no Rodoanel
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A implantação do pedágio
no Rodoanel de São Paulo,
anunciada anteontem pelo
governador Cláudio Lembo
(PFL), não afastará veículos
pesados se houver tarifa diferenciada para caminhões na
via, como prometeu o governo. A avaliação é de especialistas no setor e de uma federação de sindicatos de transportes de carga do Estado.
Lembo autorizou o início
da concessão do Rodoanel e a
instalação de duas praças de
pedágio, com proposta de tarifa a R$ 5, e nove cabines de
bloqueio, a R$ 2,50.
O secretário Fernando
Braga (Planejamento) declarou que o preço por km para
caminhões será menor que o
de outras estradas. "Precisamos dar um benefício para
eles deixarem as marginais."
Flávio Benatti, presidente
da Federação das Empresas
de Transporte de Cargas do
Estado, disse que a adoção de
pedágio "preocupa", mas, se
o governo cumprir a promessa, não espantará caminhões.
"Hoje o motorista que vai de
Santos para o interior perde
até duas horas e meia cruzando São Paulo [pelas marginais]. Mas o governo deve
avaliar como será a tarifa."
Para José Reinaldo Anselmo Setti, professor da Escola
de Engenharia da USP de São
Carlos, é preciso pesar a relação custo-benefício. "Além
do preço viável, deve-se dar
um bom serviço ao usuário."
Com o pedágio, o Estado
pretende financiar o trecho
sul (que passará por Anchieta e Imigrantes), estimado
em R$ 3,5 bilhões. O governo
Lula, que havia prometido
R$ 140 milhões/ano, previu
para 2007 só R$ 50 milhões.
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