São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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Entidades dizem esperar desconto no Rodoanel

JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A implantação do pedágio no Rodoanel de São Paulo, anunciada anteontem pelo governador Cláudio Lembo (PFL), não afastará veículos pesados se houver tarifa diferenciada para caminhões na via, como prometeu o governo. A avaliação é de especialistas no setor e de uma federação de sindicatos de transportes de carga do Estado.
Lembo autorizou o início da concessão do Rodoanel e a instalação de duas praças de pedágio, com proposta de tarifa a R$ 5, e nove cabines de bloqueio, a R$ 2,50.
O secretário Fernando Braga (Planejamento) declarou que o preço por km para caminhões será menor que o de outras estradas. "Precisamos dar um benefício para eles deixarem as marginais."
Flávio Benatti, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado, disse que a adoção de pedágio "preocupa", mas, se o governo cumprir a promessa, não espantará caminhões. "Hoje o motorista que vai de Santos para o interior perde até duas horas e meia cruzando São Paulo [pelas marginais]. Mas o governo deve avaliar como será a tarifa."
Para José Reinaldo Anselmo Setti, professor da Escola de Engenharia da USP de São Carlos, é preciso pesar a relação custo-benefício. "Além do preço viável, deve-se dar um bom serviço ao usuário."
Com o pedágio, o Estado pretende financiar o trecho sul (que passará por Anchieta e Imigrantes), estimado em R$ 3,5 bilhões. O governo Lula, que havia prometido R$ 140 milhões/ano, previu para 2007 só R$ 50 milhões.


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