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Estado
gasta
mais em
obras do
que em
subsídio
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo do Estado também fornece subsídios ao
transporte coletivo, mas, diferentemente da tendência
da capital paulista, eles não
tiveram aumentos drásticos
nos últimos cinco anos -e
também estão aquém dos investimentos em expansão da
rede metroferroviária em
São Paulo.
Por outro lado, a tarifa do
metrô e dos trens não ficou
tanto tempo congelada -foi
reajustada em fevereiro deste ano, de R$ 2,30 para R$
2,40.
No metrô, as subvenções
dadas pelo Estado são exclusivamente para bancar as
gratuidades (de idosos, deficientes e descontos a estudantes). O montante saltou
de R$ 149 milhões em 2006
para R$ 175 milhões neste
ano (até setembro).
Os gastos em obras do metrô, entretanto, são bem superiores: saltaram de R$ 894
milhões há dois anos para a
previsão de R$ 2,1 bilhões
neste.
Já a CPTM tem recebido
subsídios próximos de R$
350 milhões por ano para cobrir seu déficit, além de quase R$ 250 milhões só para as
gratuidades.
Mesmo assim, os valores
são aquém dos investimentos -de R$ 764 milhões para
2008.
O presidente da Emplasa
(estatal responsável pelo planejamento urbano da região
metropolitana), Jurandir
Fernandes, diz que há "diferenças" entre as subvenções
à CPTM e as dos ônibus da
capital paulista.
"Primeiro, é um repasse de
recursos de Estado para Estado, não do poder público
para a iniciativa privada. Segundo, a intenção é equiparar com a tarifa do metrô, e
não manter a tarifa congelada", afirma.
Trens
Os custos de manutenção
da rede de trens é maior até
devido ao seu tamanho (260
km, contra 60 km do metrô).
A distância percorrida por
seus passageiros também é
muito superior à dos demais
sistemas de transporte coletivo.
O ex-presidente do Metrô
do Rio Fernando MacDowell
é contrário à política de subsídios. "O dinheiro poderia
ser investido em grandes
corredores ou no metrô e em
monitoramento eletrônico,
para aumentar a eficiência
do sistema."
Mas a tarifa não ficaria
inacessível aos mais pobres?
"Não. A prefeitura tem capacidade para racionalizar a
engenharia financeira do sistema de ônibus ao mesmo
tempo em que os grandes investimentos são feitos", defende.
(AI e RS)
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