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HERMES GUIDORZI (1913-2008)
Seu Hermes, um filho de pai Banespa
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Hermes Guidorzi foi um
dos muitos filhos do Banespa. Como todo bom funcionário público do Banco do
Estado de São Paulo, de um
período anterior à sua privatização, seu Hermes também
já chamou o órgão de pai.
A história com o banco começou na década de 1940,
quando veio sozinho de Taquaritinga, a 334 km de SP.
Na capital, prestou concurso e passou. Sua carreira
foi definida ali: seria bancário até se aposentar no cargo
de gerente, nos anos 80. Foram mais de quarenta anos
dedicados à empresa.
"Ser gerente de um banco
estatal, naquela época, era
uma categoria muito elevada. Todos os funcionários
chamavam o banco de pai",
lembra o genro, sobre a relação afetiva dos trabalhadores
com o antigo Banespa.
Depois de aposentado, seu
Hermes permaneceu ativo,
como garante o genro, corretor de algodão. Aos 93, adorava sair para fazer compras
com o neto. Mas não só por
isso: como gostava muito de
construção, era sempre o
responsável pelas reformas
nas casas da família.
Também nos anos 40, casou-se com uma professora
primária e teve apenas uma
filha. Morreu na terça-feira,
aos 95, em São Paulo, de
complicações agravadas por
uma pneumonia. Deixa a viúva, também de 95, uma filha,
três netos e quatro bisnetos.
A missa de sétimo dia será
celebrada na terça, às 19h30,
na paróquia São Francisco de
Assis, na Vila Clementino,
em São Paulo.
obituario@folhasp.com.br
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