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HILÁRIO RODRIGUES DOS SANTOS (1929-2008)
Os livros lhe ensinaram a arte de nadar
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Tradicionalmente, um iniciante no esporte costuma
recorrer à trinca touca, óculos e sunga, mas Hilário Rodrigues dos Santos aprendeu
a nadar com os livros. De tanto ler e reler teorias sobre natação, tornou-se técnico.
Ele mesmo só passou a pular na piscina depois dos 40,
estimulado pela filha mais
velha, que, na época, tinha
oito anos e uma asma.
Hilário, funcionário público da Prefeitura de Campinas, pensou que a menina
pudesse se curar com muitas
braçadas. Todos os filhos
acabaram na água.
Renata, a mais velha, ganhou campeonatos brasileiros e paulistas. Rachel venceu alguns estaduais. A que
levou o esporte mais a sério,
formando-se em educação física, foi Rosana Merino, também triatleta -foram 12
campeonatos brasileiros e 46
medalhas em paulistas.
A preparação era puxada.
"Ele acordava a gente de madrugada para ir treinar",
lembra Rosana. Certa vez,
acabou inscrita pelo pai numa categoria acima da idade
-só soube na hora de competir e ainda bateu recorde.
Hilário foi diretor de natação do Guarani. Chegou a
treinar José Sylvio Fiolo, que
depois se tornou recordista
mundial dos cem metros peito, no final dos anos 60.
Morreu quarta, aos 79, vítima de um infarto, em Campinas (SP). Deixa seis filhos e
três netos. A missa de sétimo
dia será hoje, às 19h30, na
igreja Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas.
obituario@grupofolha.com.br
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