|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estudante diz que seu pai foi morto
DA REPORTAGEM LOCAL
O estudante Anderson Alfredo
Alves de Barros, 20, tem certeza
de que o pai, o vigilante José Ventura de Barros, 62, foi assassinado.
Mas, quando soube que a Polícia
Civil registrou o caso como morte
a esclarecer, ficou surpreso. "Ele
foi baleado em serviço, ficou internado vários dias no hospital e
morreu", disse.
José Ventura de Barros trabalhava como vigilante havia 40
anos. No dia 19 de setembro de
2004, no centro de São Bernardo
do Campo, na Grande São Paulo,
foi baleado por um rapaz que dirigia uma moto. No mesmo dia, no
1º DP da cidade foi registrado o
boletim de ocorrência 10260/
2004, de tentativa de homicídio.
O vigilante morreu 46 dias depois e a Polícia Civil registrou o
caso como morte a esclarecer no
BO 11797/2004, no 1º DP de Santo
André, em 6 de novembro.
"Eu não acho certo que o criminoso fique impune como se nada
tivesse acontecido", disse a dona-de-casa Maria Alves da Silva, 48,
mulher do vigilante.
Os familiares investigaram o
crime por conta própria e descobriram quem seria o suposto assassino. "Ele está no Nordeste",
disse Anderson.
Em nota oficial, a Secretaria da
Segurança Pública diz que "a vítima sofreu tentativa de homicídio" e que o caso está sendo investigado no inquérito 1629/2004.
"Portanto não houve maquiagem
de dado." O 1º DP de Santo André
registrou como morte a esclarecer
"porque, se o registro fosse de homicídio, teríamos duplicidade de
informação para efeito de estatística e investigação, um de tentativa e um de homicídio", diz a nota.
Texto Anterior: Assassinato fica fora de estatística Próximo Texto: Agredido a pedradas tem "morte a esclarecer" Índice
|