São Paulo, segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VESTIBULAR

Objetivo é evitar fraude; dados da pessoa coletados na prova serão comparados com os da matrícula

Unicamp registra digital de candidato

DA REPORTAGEM LOCAL

Os quase 13 mil candidatos que fizeram a primeira prova da segunda fase do vestibular da Unicamp ontem tiveram registrada a impressão digital como forma de evitar fraudes.
O recurso começou a ser usado neste ano devido à mudança na forma de inscrição, que passou a ser totalmente pela internet. Como na primeira fase havia muitos candidatos, apenas agora a Comvest, comissão responsável pelo vestibular, começou a tirar as impressões digitais. O mesmo mecanismo já era utilizado nos processos seletivos da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e da UnB (Universidade de Brasília).
Durante a prova, os candidatos esfregam o dedo em um pequeno papel semelhante a um carbono, sujando a ponta do indicador com um tipo de grafite. A marca, então, é deixada em um papel branco, que é coberto por um plástico. Diferentemente das tintas utilizadas nas identificações policiais, por exemplo, o grafite é facilmente limpo.
"Achei legal, moderno. É uma forma de identificar direito o candidato. O problema é que sujou um pouco a prova", disse Júlio Grings, 18, que concorre a uma vaga em engenharia.
Segundo o coordenador-executivo da Comvest, Leandro Tessler, as digitais serão escaneadas e analisadas por um programa de computador, que irá comparar os dados com os coletados na matrícula. "Quem se recusou a tirar a digital, o que é um direito, teve de assinar três vezes. Teremos uma certeza biométrica de que a pessoa que fez as provas é a mesma matriculada."
A prova de ontem teve 24 questões, dividas entre língua portuguesa e biologia, e foi considerada simples e bem feita por professores de cursinho. Segundo a coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni, a prova deste ano foi "mais leve". "As questões estavam mais simples, mas podem ter frustrado o candidato que leu toda a lista obrigatória de livros e viu tão pouco ser cobrado. Foram só pedaços das obras." Das dez obras da lista, só quatro foram cobradas.
As 12 perguntas de biologia também foram consideras bem feitas e no estilo do exame. "A única ausência notável foi ecologia", disse Luiz Augusto de Barros, professor do Objetivo.
Hoje haverá os exames de química e de história. Os portões serão fechados às 13h45. Informações: 0/xx/19/3788-7440.


Texto Anterior: Radar funcionou mesmo sem verba
Próximo Texto: Trânsito: Interdição na Eusébio Matoso começa amanhã
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.