DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, afirmou ontem que o acidente nas obras da linha 4 do metrô, em Pinheiros, ocorreu por falha da engenharia. Ele também disse que o argumento usado pelo consórcio, de que o desmoronamento foi causado por fortes chuvas, é "risível".
Anteontem, o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), também apontou falha na engenharia como a causa do acidente.
"Houve erro, sim. Resta saber se foi no projeto ou na execução da obra", declarou Pinho ontem , durante vistoria no local do acidente.
Ontem, quatro engenheiros e dois geólogos da Procuradoria participaram da perícia. Segundo Pinho, caso os peritos constatem que a execução da obra traz novos riscos aos moradores, o Ministério Público vai pedir o embargo do canteiro. "Se tiver risco, vamos pedir a paralisação, sim", afirmou Pinho.
Designado para a área criminal, o promotor José Carlos Blat disse que irá apurar o crime de "desabamento e desmoronamento", agravado pelas mortes. Se o crime for considerado culposo (sem intenção), o réu estará sujeito a uma pena de quatro anos e meio por morte.


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