São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

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Pernambucanos foram mortos na rua

DA SUCURSAL DO RIO

Entre os seis mortos na Rocinha, estavam o jardineiro Ivanilson Henrique Aguiar, 23, e seu cunhado, o faxineiro Evaristo Alfredo da Silva, 30. Ambos pernambucanos e moradores da favela, chegavam do trabalho quando o tiroteio começou. Morreram na rua e ali permaneceram até o início da tarde de ontem.
O irmão de Ivanilson, Ivanildo Henrique Aguiar Filho, 20, disse que ele morava na favela havia apenas oito meses. "Ele se casou com a irmã do Evaristo e ela queria morar lá. Ela tem família ali. Ele gostava da Rocinha, estava sempre fazendo churrascos. Era feliz", resumiu.
A mãe deles, ainda vivendo em Pernambuco, preocupava-se com o destino do filho. "Sempre que minha mãe via algum confronto ali, ligava correndo para ele, para saber se estava bem", contou Ivanildo, que mora no bairro de Vargem Pequena.
Ele veio para o Rio com o irmão, há pouco mais de dois anos. Acabaram conhecendo o conterrâneo Evaristo, que também trabalhava no Recreio.

Vai voltar
"É impossível ficar aqui, vou voltar para Pernambuco. Não consigo ficar aqui sem meu irmão", disse Ivanildo.
Primo de Evaristo, Adriano Aguiar Cavalcanti, 24, disse que os pais de Evaristo estavam no Rio, visitando a família.
O corpo de Diego de Araújo Lima, 14, o primeiro morto no confronto, foi enterrado ontem à tarde no cemitério São João Batista.
Os outros três corpos, entre eles o de um suposto traficante, não haviam sido reconhecidos até a conclusão desta edição.


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