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Pernambucanos foram mortos na rua
DA SUCURSAL DO RIO
Entre os seis mortos na Rocinha, estavam o jardineiro Ivanilson Henrique Aguiar, 23, e seu cunhado, o faxineiro Evaristo Alfredo da Silva, 30. Ambos pernambucanos e moradores da favela,
chegavam do trabalho quando o
tiroteio começou. Morreram na
rua e ali permaneceram até o início da tarde de ontem.
O irmão de Ivanilson, Ivanildo
Henrique Aguiar Filho, 20, disse
que ele morava na favela havia
apenas oito meses. "Ele se casou
com a irmã do Evaristo e ela queria morar lá. Ela tem família ali.
Ele gostava da Rocinha, estava
sempre fazendo churrascos. Era
feliz", resumiu.
A mãe deles, ainda vivendo em
Pernambuco, preocupava-se com
o destino do filho. "Sempre que
minha mãe via algum confronto
ali, ligava correndo para ele, para
saber se estava bem", contou Ivanildo, que mora no bairro de Vargem Pequena.
Ele veio para o Rio com o irmão,
há pouco mais de dois anos. Acabaram conhecendo o conterrâneo
Evaristo, que também trabalhava
no Recreio.
Vai voltar
"É impossível ficar aqui, vou
voltar para Pernambuco. Não
consigo ficar aqui sem meu irmão", disse Ivanildo.
Primo de Evaristo, Adriano
Aguiar Cavalcanti, 24, disse que
os pais de Evaristo estavam no
Rio, visitando a família.
O corpo de Diego de Araújo Lima, 14, o primeiro morto no confronto, foi enterrado ontem à tarde no cemitério São João Batista.
Os outros três corpos, entre eles
o de um suposto traficante, não
haviam sido reconhecidos até a
conclusão desta edição.
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