DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor da Faculdade de Direito da USP, Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi, afirmou por meio de uma nota que tomará todas as providências para identificar e punir administrativamente os alunos responsáveis por trotes violentos. Ele disse que conta, para isso, com o apoio dos pais e, especialmente, dos alunos que tenham se sentido lesados.
"Alguns desses veteranos responsáveis por tais atos abusivos, atentatórios aos direitos humanos, são os mesmos que, no futuro, poderão agir de igual modo no exercício de suas atividades profissionais", diz a nota.
De acordo com o presidente do centro acadêmico da Faculdade de Direito da USP, Fernando Borges Filho, 20, os alunos não são obrigados a participar do trote conhecido como "banho na Sé", mas muitos consideram a brincadeira uma iniciação e fazem questão de entrar no chafariz da praça.
Esse trote é considerado tradicional na instituição, apesar de o centro acadêmico não saber precisar quando foi criado.
"O professor Miguel Reale comentou sobre o banho na Sé, e ele estudou na década de 30", afirmou o estudante do 5º ano Ricardo Teixeira, 21.
De acordo com o coordenador do Disk-Trote da USP, Oswaldo Crivello Júnior, 46, o serviço já recebeu denúncia sobre o trote da fonte na praça da Sé e vai procurar saber os detalhes do ocorrido. O Disk-Trote encerrou suas atividades na segunda. O balanço de ligações e denúncias recebidas neste ano ainda não foi concluído.


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