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Comandante-geral faz reunião de emergência após mortes de 12 PMs
No encontro, ficou decidido um maior controle das ações policiais nas ruas
DA SUCURSAL DO RIO
Embora não veja como orquestrados os 12 assassinatos
de PMs ocorridos em uma semana no Rio de Janeiro, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Ubiratan Ângelo,
realizou ontem uma reunião de
emergência com todos os chefes de batalhões para discutir o
assunto.
No encontro, foram tomadas
duas medidas. Uma delas será
um maior controle das operações e ações policiais nas ruas.
O comando vai exigir informações prévias sobre quais PMs
estarão destacados.
A outra é a reativação de um
grupo formado por policiais
que fará uma análise sobre as
mortes em operações, incluídas
as vítimas civis de balas perdidas. A idéia é apontar o que provocou as mortes e, com isso,
permitir à corporação tomar
medidas para evitar novos problemas.
De acordo com o serviço de
inteligência da polícia, facções
criminosas têm aumentado seu
arsenal para combater as milícias, grupos formados por policiais e ex-policiais. Não há indícios, porém, de que os assassinatos sejam execuções feitas
por traficantes. Dos 12 policiais
mortos, cinco estavam em serviço, quatro de folga e três, embora à paisana, morreram ao
serem identificados por assaltantes como PMs.
Recompensa
O Clube dos Cabos e Soldados da Polícia Militar está oferecendo uma recompensa de
R$ 2.000 para quem der informações sobre possíveis assassinos de policiais. Ontem, um
suspeito de ter matado um policial foi preso.
Na noite de anteontem, o sargento Aílton Lima da Fonseca
levou um tiro de fuzil na cabeça
durante uma operação na favela da Metral (zona oeste) e se
tornou a 12ª vítima.
A sucessão de mortes preocupa o novo ministro da Justiça, Tarso Genro, que disse ontem que tratará a questão como
prioridade.
Ontem, traficantes atacaram
PMs em duas favelas do Rio,
uma delas na zona sul. Pela manhã, traficantes de Vigário Geral (zona norte) fizeram disparos contra dois policiais militares que estavam em motocicletas na Linha Vermelha (via expressa que liga a Baixada Fluminense ao centro do Rio).
Ninguém ficou ferido, mas a via
foi fechada ao trânsito por cinco minutos.
Nas proximidades do morro
Azul, no Flamengo (zona sul),
traficantes atiraram duas granadas em uma patrulha da PM
que fazia ronda no local, mas
elas não explodiram.
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