São Paulo, sábado, 17 de março de 2007

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USP Leste cobra CPTM por promessa de transporte

Universidade quer o funcionamento de estação de trem próxima à universidade

"É uma obra fundamental, todo mundo cobra. Recebemos mais de mil alunos adicionais em 2007", disse diretor da USP Leste

DA REPORTAGEM LOCAL

A deficiência nas condições de transporte a alunos e funcionários da USP Leste foi tema dominante nas discussões internas do comando da universidade durante esta semana.
Ontem, ao ser contatado pela Folha para falar dos seguidos adiamentos da nova estação de trem da linha F, Dante De Rose Junior, diretor da USP Leste, disse que estava, naquele momento, preparando um ofício à CPTM para reivindicar a continuidade dos investimentos.
"É uma obra fundamental, todo mundo cobra. Recebemos mais de mil alunos adicionais em 2007", disse De Rose Júnior, acrescentando que as obras a cargo da universidade de uma estrutura para receber os passageiros vindos da estação de trem por uma passarela já estão "praticamente prontas" -por enquanto, sem a sua utilidade inicial programada.
A estação de trem da USP Leste é aguardada desde a abertura do campus, há dois anos. Ele recebe mais de 3.000 estudantes, e a dificuldade no acesso de transporte coletivo é uma das grandes reclamações.
Um serviço de quatro ônibus disponível atualmente transporta alunos e funcionários na estação de trem Engenheiro Goulart, a seis quilômetros de distância, fazendo um percurso de 15 minutos. "Além do problema de segurança, já houve dias de chuva em que alagou e interrompeu a passagem dos ônibus", conta De Rose Junior.
O diretor da USP Leste diz que a construção, prometida pela CPTM, de uma passarela de acesso direto à universidade já ajudaria a encurtar os percursos dos ônibus, servindo de solução paliativa emergencial.
"Queremos que ao menos essa parte não fique para médio nem longo prazo", afirma.

Interlagos
Valdir Ferreira, subprefeito da Capela do Socorro, diz que as novas estações de trem da linha C, na zona sul, são consideradas estratégicas até por conta da histórica deficiência da região em transporte coletivo.
Ele afirma que, por abranger área de mananciais, não houve investimentos em acessos à região para não criar facilidades de ocupação do entorno. "Hoje em dia tem muita gente ilhada e não tem mais jeito", diz.
Além da estação Grajaú para atender a uma das mais pobres regiões da capital paulista, Ferreira cita a importância das novas estações para transportar futuros freqüentadores do novo santuário do padre Marcelo Rossi em Interlagos e para tentar incrementar as opções de turismo na ilha do Bororé.
Chico Rosa, da administração do autódromo de Interlagos, diz que espera a futura estação para que seja uma opção de condução em grandes eventos, como a Fórmula-1. Para a corrida prevista em outubro deste ano, no entanto, os passageiros que forem ao autódromo terão de se contentar com as alternativas já existentes, principalmente ônibus. (ALENCAR IZIDORO)


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