São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CIRO CÉSAR SILVÉRIO (1938-2010)

Dono de um vozeirão, tinha sempre um livro na mão

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 12, Ciro César Silvério começou anunciando pipoca num carrinho pelas ruas de Morretes, no Paraná. No domingo (7), aos 71, ele deu as notícias no rádio pela última vez, em SP. Sua voz parecia cansada, segundo amigos que ouviram sua transmissão.
Dono de um vozeirão, ele foi ao ar primeiramente por rádios paranaenses. Com o talento descoberto, integrou o "Grande Jornal Falado Tupi", ao lado do radialista Corifeu de Azevedo Marques.
Passou pelas rádios "Difusora", "Bandeirantes" e "Eldorado". Desde 1990, estava na "Jovem Pan". Durante a carreira, fez também trabalhos de publicidade e narração de documentários.
Conta o amigo e jornalista Fernando Zamith que Ciro era um dos melhores "mancheteiros" do rádio de SP -designação dada a locutores com voz grave e forte.
Homem culto, adorava música e estava sempre com um livro na mão -era um "rato de livraria", diz o amigo.
Em 1993, perdeu a mulher num acidente de carro. A partir de então, acumulou o papel de mãe da terceira filha, então com oito anos -foi pai de outras duas meninas, mas de outro casamento.
Domingo, fez seu último plantão. Voltou para casa e, brincando com a neta Beatriz, de cinco meses de idade, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), que o deixou em coma até quinta, quando morreu, deixando três netos.
De acordo com a filha Rhys, a missa de sétimo dia será amanhã, às 17h30, na igreja Nossa Sra. de Fátima, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Satélite identifica 100 parques da Cantareira
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.