|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CIRO CÉSAR SILVÉRIO (1938-2010)
Dono de um vozeirão, tinha sempre um livro na mão
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 12, Ciro César Silvério
começou anunciando pipoca
num carrinho pelas ruas de
Morretes, no Paraná. No domingo (7), aos 71, ele deu as
notícias no rádio pela última
vez, em SP. Sua voz parecia
cansada, segundo amigos que
ouviram sua transmissão.
Dono de um vozeirão, ele
foi ao ar primeiramente por
rádios paranaenses. Com o
talento descoberto, integrou
o "Grande Jornal Falado Tupi", ao lado do radialista Corifeu de Azevedo Marques.
Passou pelas rádios "Difusora", "Bandeirantes" e "Eldorado". Desde 1990, estava
na "Jovem Pan". Durante a
carreira, fez também trabalhos de publicidade e narração de documentários.
Conta o amigo e jornalista
Fernando Zamith que Ciro
era um dos melhores "mancheteiros" do rádio de SP
-designação dada a locutores
com voz grave e forte.
Homem culto, adorava música e estava sempre com um
livro na mão -era um "rato
de livraria", diz o amigo.
Em 1993, perdeu a mulher
num acidente de carro. A partir de então, acumulou o papel de mãe da terceira filha,
então com oito anos -foi pai
de outras duas meninas, mas
de outro casamento.
Domingo, fez seu último
plantão. Voltou para casa e,
brincando com a neta Beatriz,
de cinco meses de idade, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), que o deixou em
coma até quinta, quando
morreu, deixando três netos.
De acordo com a filha Rhys,
a missa de sétimo dia será
amanhã, às 17h30, na igreja
Nossa Sra. de Fátima, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Satélite identifica 100 parques da Cantareira Índice
|