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Programas crescem 300%
da Reportagem Local
Os programas de substituição de drogas e redução de danos nos 15 países da União Européia aumentaram 300% entre 1993 e 1996. Hoje, 200 mil
dos cerca de 1 milhão de dependentes de heroína desses
países estão participando de
programas de substituição.
A prática consiste em oferecer metadona aos dependentes
que são cadastrados e passam a
ter atenção médica e psicológica. A metadona é um opióide
sintético que provoca os mesmos efeitos da heroína e que há
uma década é empregada como "droga substituta" na Europa. A vantagem é que seu uso
é controlado e a administração
é oral, como um comprimido,
enquanto a heroína é injetada.
Mais de 50% dos usuários de
injetáveis do sul da Europa estão infectados pelo HIV.
"O uso da metadona não elimina a dependência, mas reduz muito as consequências
negativas da heroína, como o
tráfico, a violência e a marginalidade", diz Georges Estievenart, diretor do Observatório
Europeu de Drogas. O órgão é
uma agência da União Européia e seu objetivo é, entre outros, incentivar políticas de redução de danos.
Segundo seus dados, os países da União Européia gastaram US$ 4 bilhões no combate
e prevenção das drogas em
1996. Desse total, menos de
30% foram investidos em prevenção e programas de redução. O resto foi consumido em
repressão e gastos judiciais.
Estievenart diz que o maior
desafio da Europa não é mais
heroína, mas as drogas sintéticas, tipo LSD e ectasy. "Qualquer pequeno laboratório é capaz de alterar substâncias e
criar uma droga nova e fora do
controle", diz.
(AB)
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