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Secretaria deve refazer o traçado do trecho da serra da Cantareira
SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL
Para evitar o atraso no início
das obras e um desgaste entre os
ambientalistas, a Secretaria Estadual dos Transportes pode desmembrar o processo de licenciamento ambiental do rodoanel.
O trecho norte, que cortaria a
serra da Cantareira, passando pela área de captação de água da Sabesp, na represa Paiva Castro, será reavaliado e, por enquanto, retirado do licenciamento.
Após realizar alguns estudos e
participar das audiências públicas, a Secretaria Estadual do Meio
Ambiente levou à Secretaria dos
Transportes o veredicto: como está, o traçado do trecho norte não
tem viabilidade ambiental.
"Conversamos com a Dersa,
que concordou em refazer o traçado do trecho norte. Vamos agora prosseguir com o licenciamento dos trechos sul e leste, que envolvem menos riscos ambientais", disse o secretário do Meio
Ambiente, José Goldemberg.
"Vamos enviar um novo traçado do trecho norte, que passará
por trás da serra da Cantareira,
mas não vamos abandonar o projeto, apenas repensar a área norte", afirmou o secretário dos
Transportes, Dario Rais Lopes.
Novos problemas
Porém um novo trajeto também
esbarraria em questões ambientais e econômicas. O projeto atual
para a área atravessa a serra da
Cantareira e passa pela represa
Paiva Castro.
Um traçado alternativo -cogitado para a região no ano passado- se distanciaria da represa,
mas passaria pelo parque Juquery
(área de preservação ambiental),
além de continuar na área da serra e trazer um aumento de 6% no
custo e de oito quilômetros na extensão do trecho de 47,9 km, o
que deve torná-la pouco atraente
para o tráfego.
Um outro trajeto possível, passando atrás da serra sem afetar a
área de proteção ambiental, chegaria próximo à rodovia Dom Pedro 1º, que leva a Campinas.
Segundo engenheiros e técnicos
da Dersa ouvidos pela reportagem da Folha no ano passado, a
alternativa é inviável por não
apresentar atratividade de tráfego, criando uma rodovia que não
seria utilizada.
Além disso, o desmembramento das licenças pode entrar em
conflito também com o Ministério Público Federal, que já havia
defendido a realização do processo em conjunto e não em trechos
separados.
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