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OUTRO LADO
Políticos negam que assessores tenham pedido favorecimento
DA REPORTAGEM LOCAL
Os políticos cujos nomes foram
citados pelo ex-funcionário da
CET negam que assessores seus
tenham feito ligações para pedir a
anulação de multas de trânsito.
O vereador Abou Anni (PV)
afirma que a autuação que sofreu,
de forma indevida, foi apagada
sem que ele nem seus assessores
tenham solicitado a ninguém.
O suplente de vereador Ricardo
Teixeira (PSDB), que trabalha na
Secretaria Municipal das Subprefeituras na administração José
Serra/Gilberto Kassab, disse que
levou uma multa indevida no ano
passado por transitar em uma
área próxima ao vale do Anhangabaú, no centro da cidade.
O tucano disse que houve um
erro pelo fato de ele ter uma autorização especial da CET para circular nesse local, por trabalhar no
prédio da secretaria municipal.
Afirmou que repassou os dados
para uma funcionária da pasta
entrar com a defesa e que, por falta de tempo, não acompanhou o
trâmite. Disse ainda que foi contatado diretamente pelo secretário dos Transportes, Frederico
Bussinger, por conta da multa e
explicou a situação.
"Não fiz nada de errado e também não acredito que ela [a funcionária] tenha ligado para alguém. Ele deve estar desesperado,
atirando para todos os lados", disse Teixeira em relação às declarações de Hugo Carlos de Almeida,
o ex-funcionário da CET. Teixeira
alega que a anulação da multa seguiu os trâmites normais.
O nome de Bispo Atílio foi citado por telefone, de acordo com
Almeida, por conta de uma multa
que envolvia uma empregada da
CET. O marido dela trabalhava na
Câmara, no gabinete do vereador.
A assessoria do vereador Bispo
Atílio foi contatada e informou
que Valter Luiz Sguillaro, que elaborou um recurso deferido para
uma multa levada por sua mulher, não trabalha mais no local.
Ela pediu para Sguillaro contatar a Folha para dar informações.
Ele disse ter entrado com a defesa
prévia por meio de um despachante, como qualquer cidadão,
sem telefonar a ninguém.
Sguillaro disse que seu ex-chefe,
Bispo Atílio, "não teve nada a ver
com isso". "Querem denegrir a
imagem do vereador. Fiz tudo da
forma como a lei determina. Querem arrumar um bode expiatório", disse ele sobre o fato de a sindicância contestar a falta de documentos no recurso. Ele nega.
Procurada, a Secretaria dos
Transportes não quis comentar as
declarações de Almeida.
(AI)
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