São Paulo, sexta-feira, 17 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

EDUCAÇÃO ALIMENTAR

Assembleia aprova projeto que barra doces em cantina escolar

DO "AGORA"

Sanduíche natural e suco de frutas no lugar de coxinha e refrigerante. O sabor do recreio nas escolas vai mudar se o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa, anteontem, receber o aval do governador José Serra (PSDB). O texto, da deputada Patrícia Lima (PR), proíbe cantinas de escolas públicas e privadas de venderem itens com gordura trans, considerada prejudicial à saúde.
O projeto tira do cardápio salgados, fritos e assados, e inclui, pelo menos, duas opções de fruta por dia, água de coco, queijos magros e iogurtes. Segundo a defesa apresentada pela deputada, o risco da obesidade, diabetes e hipertensão justifica o projeto. "O cardápio inadequado nas escolas pode repercutir negativamente na saúde dos alunos", diz a deputada.
O projeto foi aprovado por unanimidade e segue para sanção do governador. A expectativa, no gabinete da deputada, é positiva. Ela é da base aliada de Serra que aprovou o projeto que proíbe o cigarro em áreas fechadas.
Para a nutricionista Martha Fonseca Paschoa, a ideia é boa, desde que acompanhada por um programa educacional. "Não há motivo para uma criança consumir gordura dentro da escola, mas é preciso conscientização."
Apesar de elogiado, o projeto deve enfrentar resistência. O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo afirma que o Estado não deve legislar em escolas particulares. "Até porque a maioria [delas] já conta com nutricionistas", diz o presidente da entidade, Benjamin Ribeiro da Silva.
No Rio de Janeiro, os doces e refrigerantes são proibidos só nas escolas públicas. (ADRIANA FERRAZ)


Texto Anterior: Outro lado: Situação não era insustentável, diz diretor
Próximo Texto: Goiânia: Para ficar fortes, jovens tomam injeção para boi e são internados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.