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EDUCAÇÃO ALIMENTAR
Assembleia aprova projeto que barra doces em cantina escolar
DO "AGORA"
Sanduíche natural e suco
de frutas no lugar de coxinha
e refrigerante. O sabor do recreio nas escolas vai mudar
se o projeto aprovado pela
Assembleia Legislativa, anteontem, receber o aval do
governador José Serra
(PSDB). O texto, da deputada
Patrícia Lima (PR), proíbe
cantinas de escolas públicas
e privadas de venderem itens
com gordura trans, considerada prejudicial à saúde.
O projeto tira do cardápio
salgados, fritos e assados, e
inclui, pelo menos, duas opções de fruta por dia, água de
coco, queijos magros e iogurtes. Segundo a defesa apresentada pela deputada, o risco da obesidade, diabetes e
hipertensão justifica o projeto. "O cardápio inadequado
nas escolas pode repercutir
negativamente na saúde dos
alunos", diz a deputada.
O projeto foi aprovado por
unanimidade e segue para
sanção do governador. A expectativa, no gabinete da deputada, é positiva. Ela é da
base aliada de Serra que
aprovou o projeto que proíbe
o cigarro em áreas fechadas.
Para a nutricionista Martha Fonseca Paschoa, a ideia
é boa, desde que acompanhada por um programa educacional. "Não há motivo para
uma criança consumir gordura dentro da escola, mas é
preciso conscientização."
Apesar de elogiado, o projeto deve enfrentar resistência. O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo afirma que
o Estado não deve legislar
em escolas particulares. "Até
porque a maioria [delas] já
conta com nutricionistas",
diz o presidente da entidade,
Benjamin Ribeiro da Silva.
No Rio de Janeiro, os doces e refrigerantes são proibidos só nas escolas públicas.
(ADRIANA FERRAZ)
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