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Governador afirma que vai divulgar nome e ficha de mortos
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
Cláudio Lembo (PFL), negou que
seu governo esteja escondendo a
identificação dos 71 mortos pelas
polícias durante a crise dos últimos dias. Disse à Folha que seu
governo não esconde nada.
"Advogamos pela transparência total das informações. Vou arrumar as informações para vocês
[imprensa]. Estávamos em guerra, não houve tempo até agora",
disse Lembo na tarde de ontem.
Pouco antes, durante entrevista
coletiva no Palácio dos Bandeirantes, o coronel Elizeu Eclair, comandante-geral da Polícia Militar
paulista, também disse que pretendia divulgar a relação de mortos nos "confrontos". Mas que,
apesar de 70% a 80% deles terem
identificação, inclusive com fotografia, vários ainda não tinham sido identificados.
Questionado se a polícia estava
"escondendo" os nomes dos mortos, afirmou que até então (15h de
ontem) ele ainda não tinha recebido essa solicitação. "Não chegou para mim essa solicitação.
Mas vamos providenciar." Para
hoje?, questionou a reportagem.
"Vamos tentar, mas não prometerei peremptoriamente."
Até o fechamento desta edição
os nomes dos mortos não haviam
sido divulgados.
De acordo com o o coronel,
existe uma minoria entre os mortos cujos corpos até ontem não
haviam sido reconhecidos por
familiares.
Eclair diz que cada suspeito
"abatido" tem sua origem levantada. "A grande maioria [dos
mortos] é de egressos do sistema
penitenciário. Creio que num futuro bem próximo poderemos
passar isso aos senhores [jornalistas], com transparência, para que
não haja nenhuma dúvida", afirmou o coronel.
(FABIO SCHIVARTCHE)
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