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Para 85%, a violência afetou rotina da família
DA REPORTAGEM LOCAL
A rotina da família foi afetada
pela onda de violência de anteontem na opinião de 85% dos entrevistados pelo Datafolha. Foi a rotina mais afetada quando se tenta
aferir o impacto dos ataques no
cotidiano do paulistano.
O transporte aparece logo em
seguida, em conseqüência dos 111
ônibus incendiados e das linhas
que não circularam por temor de
que os veículos fossem alvos de
ataques. A locomoção foi afetada
pela ação do PCC na opinião de
83%. Já a rotina do trabalho foi alterada segundo 72%.
A rotina que sofreu menos alteração foi a dos estudos: 61% dizem que não mudaram o seu dia-a-dia nessa área, apesar das dezenas de escolas e universidades que
dispensaram os alunos.
A apreensão quanto à segurança de parentes e amigos deixou
77% dos paulistanos muito preocupados. Apenas 7% dos moradores da capital declararam não
ter preocupação.
Inseguros e com medo, muitos
tentaram entrar em contato com
familiares por telefone. A sobrecarga no sistema provocou uma
pane no sistema de telefonia celular e impediu muitas ligações de
serem completadas.
Curiosamente, nenhum entrevistado declarou ter recebido informações sobre a crise na segurança pública por telefone celular.
Apenas 2% afirmaram ter usado o
telefone fixo para essa finalidade.
A grande fonte de informação para os paulistanos foi a TV: 80% recorreram a esse meio para se informar, de acordo com o Datafolha. Muitos canais suspenderam a
programação normal para enfatizar a cobertura da crise; outros
adotaram flashes durante a programação.
O rádio foi usado por 11% dos
paulistanos para obter notícias do
que ocorria na cidade e a internet
só foi citada por 4% dos entrevistados. A conversa com colegas de
trabalho foi citada por 3% das
pessoas.
Muito medo
Para 46% dos entrevistados, os
episódios dos últimos dias causaram "muito medo", enquanto
33% citam "pouco medo" e 21%
"nenhum medo". Entre as mulheres, o percentual das que dizem
ter sentido "muito medo" atinge
60%. Já entre os homens esse índice cai pela metade -31%.
Praticamente a metade dos paulistanos (exatamente 47%) dizem
acreditar que os ataques coordenados pelo PCC vão voltar a ocorrer na cidade, de acordo com a
pesquisa. Um percentual similar a
esse (44%) acha que esses eventos
violentos vão parar.
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