São Paulo, domingo, 17 de junho de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Problemas são frequentes em navios e aviões

DA REPORTAGEM LOCAL

Além de doenças infecciosas, o turista não pode esquecer dos riscos de outros males, que podem estragar os planos de "sombra e água fresca" ainda no caminho para o destino planejado.
Segundo o responsável pelo Departamento de Medicina de Viagem da Associação Brasileira de Medicina e Acidentes de Tráfego, Eduardo Nogueira Vinhaes, a maior parte dos problemas acontece no avião, por causa da diferença de pressão atmosférica. "Você tem menos oxigênio, o ar ainda é seco e confinado", afirmou.
Dos riscos que podem existir no transporte aéreo, a "síndrome da classe econômica" é o mais novo temor dos viajantes que não podem pagar o conforto da primeira classe. Segundo o médico, algumas classes executivas podem oferecer risco.
A síndrome leva a uma trombose, explicou Vinhaes, e pode estar associada ao ar seco em combinação com horas de aperto na poltrona e falta de hidratação, o que favoreceria a formação de coágulos de sangue nas pernas, principalmente se o passageiro tiver alguma predisposição para o problema.
Quando ele finalmente se levanta, os coágulos podem "caminhar" pela corrente sanguínea e causar obstruções em órgãos como os pulmões. A hidratação durante a viagem e "passeios" regulares pelo avião previnem contra a síndrome.
Problemas psicológicos durante a viagem, segundo Vinhaes, são as ocorrências mais frequentes. O medo do avião ou mesmo a ansiedade causada pela viagem podem levar a esses quadros. "A viagem pode representar uma mudança radical".
Problemas respiratórios e inflamações de ouvido podem ser agravados nas viagens de avião. Traumas também podem ser piorados pela diferença de pressão, disse Vinhaes. Na dúvida, não deixe de consultar o médico antes de entrar no avião.
Nas embarcações, o problema maior são o excesso de comida e bebida e os enjôos causados pela chamada "doença do movimento".
O médico pode recomendar remédios que atenuem os sintomas, mas é importante que eles sejam administrados com antecedência. Algumas drogas precisam de seis horas para causar o efeito esperado.



Texto Anterior: Saúde: Cuidados evitam doenças nas viagens
Próximo Texto: Hepatite A é risco para os ecoturistas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.