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Jovem sai da prisão viciado, diz juíza
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CIUDAD DEL ESTE
A juíza criminal de Ciudad del
Este Beatriz Venialgo de Palacios,
50, atribui à precariedade da estrutura penitenciária o fator que
obriga a Justiça paraguaia a determinar a detenção de jovens nas
prisões destinadas a condenados.
"Ciudad del Este precisa urgentemente de um instituto correcional", afirma. Não há previsão de
construção de unidade do gênero.
Pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente em vigor no Paraguai, adolescentes de 15 a 17 anos
cumprem penas de reclusão de
até oito anos, dependendo da gravidade do crime praticado. Só a
capital Assunção dispõe de unidade apropriada para menores,
mas não comporta a demanda.
"Para mim é muito triste mandar um menor para o cárcere. Ele
sai um viciado ou um homossexual, esta é a realidade", diz.
A juíza afirma que o governo
não tem respondido à altura das
reformas por que passa o país.
Até 2003, o Sistema Judiciário
terá de se adaptar às reformas do
Código Penal e do Processual Penal. Com eles, a Justiça abandona
um modelo inquisitório para aplicar um acusatório, disse ela.
O Ministério Público conduzirá
investigações auxiliado pela Polícia Judiciária, a ser criada. Hoje
elas ficam com a Polícia Nacional.
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