São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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No ES, rebelados mantêm seis reféns e detentos sob ameaça

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA

Ameaças a reféns e entre os presos marcaram o terceiro dia de motim ontem na Casa de Passagem, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória (ES). À tarde, um agente penitenciário foi ameaçado de ser jogado de uma altura de 12 metros pelos presos.
Até o início da noite, os presos mantinham seis reféns, e o clima no presídio era de tensão. Um detento foi morto na quarta-feira, depois que colegas colocaram fogo em colchões.
A Secretaria da Justiça, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que um agente penitenciário, que não teve a identidade divulgada, foi agredido pelos amotinados.
Ele foi amarrado a uma teresa -corda artesanal formada por lençóis. Os detentos ameaçaram jogá-lo da laje da unidade, mas depois desistiram.
Um preso também foi amarrado e ameaçado pelos detentos. Um outro preso se jogou de cima da laje após sofrer ameaças. Ferido, foi encaminhado a um hospital da região.
A rebelião teve início na quarta, após uma tentativa de fuga. Um grupo de presos rendeu sete reféns. A evangélica Maria Alves do Carmo, 58, libertada anteontem, disse à Folha que foi usada como "escudo". Ela afirmou ter visto dois detentos mortos. A Secretaria da Justiça nega a informação sobre o segundo morto.
Com capacidade para abrigar 270 detentos, o presídio contava com 741 antes do início da revolta, segundo a secretaria.
Entre outras reivindicações, os detentos querem o retorno à Casa de Passagem de cinco criminosos transferidos.


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