|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
No ES, rebelados mantêm seis reféns e detentos sob ameaça
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA
Ameaças a reféns e entre os
presos marcaram o terceiro dia
de motim ontem na Casa de
Passagem, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória
(ES). À tarde, um agente penitenciário foi ameaçado de ser
jogado de uma altura de 12 metros pelos presos.
Até o início da noite, os presos mantinham seis reféns, e o
clima no presídio era de tensão.
Um detento foi morto na quarta-feira, depois que colegas colocaram fogo em colchões.
A Secretaria da Justiça, por
meio de sua assessoria de imprensa, informou que um agente penitenciário, que não teve a
identidade divulgada, foi agredido pelos amotinados.
Ele foi amarrado a uma teresa -corda artesanal formada
por lençóis. Os detentos ameaçaram jogá-lo da laje da unidade, mas depois desistiram.
Um preso também foi amarrado e ameaçado pelos detentos. Um outro preso se jogou de
cima da laje após sofrer ameaças. Ferido, foi encaminhado a
um hospital da região.
A rebelião teve início na
quarta, após uma tentativa de
fuga. Um grupo de presos rendeu sete reféns. A evangélica
Maria Alves do Carmo, 58, libertada anteontem, disse à Folha que foi usada como "escudo". Ela afirmou ter visto dois
detentos mortos. A Secretaria
da Justiça nega a informação
sobre o segundo morto.
Com capacidade para abrigar
270 detentos, o presídio contava com 741 antes do início da
revolta, segundo a secretaria.
Entre outras reivindicações,
os detentos querem o retorno à
Casa de Passagem de cinco criminosos transferidos.
Texto Anterior: São Paulo volta a enfrentar motins do PCC Próximo Texto: Em São Carlos, seis fogem com corda de pano Índice
|