DA REPORTAGEM LOCAL

Laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal) sobre a morte da garota Marina Simonetti Bandeira de Melo, 7, estudante do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, confirma o traumatismo raquimedular (lesão na coluna cervical) e aponta alterações em alguns órgãos internos. O documento, no entanto, não é conclusivo em relação às circunstâncias do acidente.
Os policiais que investigam o caso só receberam o laudo do IML anteontem à noite, mais de 15 dias depois da morte da garota.
Segundo o colégio, a menina caiu em uma área plana e teve socorro imediato. A família da garota suspeita de negligência da escola e informa que mães de alunos disseram que seus filhos viram Marina cair de uma escada.
Além do traumatismo raquimedular -já descrito como causa da morte no atestado de óbito- , o laudo do IML informa que a menina apresentava cardiomegalia (aumento do tamanho do coração) e "rins de choque".
As duas características, segundo peritos do IML, revelam, inicialmente, quadro de choque do organismo da garota ocorrido entre a lesão e a morte. Nessa situação, existe um estresse de órgãos internos. A cardiomegalia não implica necessariamente, segundo peritos, que a menina teve um problema cardíaco antes da queda.
A polícia ainda acredita que exames complementares feitos pelo IML -de amostras de tecidos do coração, pulmões e intestino- possam esclarecer as circunstâncias do crime. A intenção é comparar todos os laudos com os depoimentos e encaminhar perguntas ao próprio IML.


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