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Propostas discutidas após tragédia continuam no papel
ANDREZA MATAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um ano depois do acidente
com o avião da TAM, a maioria
das propostas discutidas no
Congresso e no setor aéreo para garantir maior segurança ao
aeroporto de Congonhas e aos
passageiros continua no papel.
A tragédia foi analisada em
duas CPIs, que resultaram em
sugestões para órgãos que regulamentam o setor e para mudar a legislação. Hoje uma audiência pública na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça)
da Câmara discutirá o acidente.
Até agora, porém, só avançou
um projeto que obriga as empresas aéreas a divulgarem
imediatamente após a confirmação do acidente os nomes
dos passageiros. O texto, proposto pela CPI da Crise Aérea
do Senado, foi aprovado no plenário, mas depende de análise
na Câmara. No acidente da
TAM os parentes esperaram
horas pela lista de vítimas.
Na Câmara, o deputado Aldo
Rebelo (PC do B-SP) está há sete meses com outro projeto que
decorreu do acidente para oferecer relatório. O texto, assinado pela CPI do Apagão, regulamenta o trabalho do Sipaer
(Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ao qual o
Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos) está subordinado. Outro projeto da CPI que
está parado estabelece que o
governo envie ao Congresso a
cada três anos um plano nacional de aviação.
A Infraero também anunciou
medidas na época do acidente
que ainda estão em discussão,
como a construção em Congonhas de uma rede que conteria
aeronaves. A empresa alega que
já tomou outras providências,
como a finalização das ranhuras na pista principal, obra iniciada oito dias após o acidente.
Já a Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) informou que
reforçou a fiscalização no aeroporto, editou norma obrigando
aeronaves que pousam ali a
adotar o mesmo peso que em
dias de chuva, ampliou a área
de escape e intensificou a fiscalização nas companhias. Somente em março, a agência vetou o pouso de aviões com o reverso travado, como o Airbus
da TAM, em Congonhas.
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