São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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ESPIONAGEM

PF prende 14 suspeitos de oferecer grampos ilegais

DO "AGORA"

A PF prendeu ontem 14 pessoas acusadas de participar de um esquema criado por detetives particulares para fazer espionagem usando grampos telefônicos ilegais. O grupo cobrava R$ 15 mil para grampear qualquer telefone por 15 dias.
Foram detidos dois detetives, seis funcionários de operadoras de telefonia e de instituições financeiras e três empresários. Das 14 prisões, oito ocorreram em São Paulo, três em Varginha (MG) e as demais em Osasco (Grande SP), Jundiaí (58 km de SP) e Atibaia (64 km de SP).
No esquema eram usados equipamentos sofisticados, como aparelhos de escuta clandestina guardados em uma maleta cuja senha para abrir era 007. A pasta foi apreendida na casa de um detetives presos, no Pacaembu (zona oeste).
Segundo a PF, o material é do detetive Eloy de Lacerda, que já responde a outro processo por interceptação clandestina de telefones. Na casa dele foram apreendidos uma Ferrari, avaliada em R$ 650 mil, e um Mercedes-Benz, que custa R$ 100 mil.
O grupo também agia para descobrir se uma linha telefônica estava sendo monitorada pela polícia. Pelo serviço eram cobrados R$ 3.000. A quadrilha obtinha as informações por meio de integrantes infiltrados em, pelo menos, cinco operadoras de telefonia, diz a polícia.
Com essas informações facilitadas e cientes de que estavam sendo grampeados, empresários investigados pela PF na Operação Bicho Mineiro tentavam confundir a polícia. "Eles deixavam de falar ao telefone ou passavam a dizer coisas falsas", diz o delegado Alessandro Moretti, da PF de Minas Gerais.
A PF cumpriu 24 mandados de busca e apreensão. Três pessoas que também tiveram mandado de prisão expedido são procuradas.

Outro lado
A reportagem ligou para três números de telefone que constam do site do detetive Lacerda. A pessoa que atendeu disse que não o conhecia e que o local era uma casa e não o escritório do detetive.


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