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ESPIONAGEM
PF prende 14 suspeitos de oferecer grampos ilegais
DO "AGORA"
A PF prendeu ontem 14
pessoas acusadas de participar de um esquema criado
por detetives particulares
para fazer espionagem usando grampos telefônicos ilegais. O grupo cobrava R$ 15
mil para grampear qualquer
telefone por 15 dias.
Foram detidos dois detetives, seis funcionários de operadoras de telefonia e de instituições financeiras e três
empresários. Das 14 prisões,
oito ocorreram em São Paulo, três em Varginha (MG) e
as demais em Osasco (Grande SP), Jundiaí (58 km de SP)
e Atibaia (64 km de SP).
No esquema eram usados
equipamentos sofisticados,
como aparelhos de escuta
clandestina guardados em
uma maleta cuja senha para
abrir era 007. A pasta foi
apreendida na casa de um
detetives presos, no Pacaembu (zona oeste).
Segundo a PF, o material é
do detetive Eloy de Lacerda,
que já responde a outro processo por interceptação
clandestina de telefones. Na
casa dele foram apreendidos
uma Ferrari, avaliada em R$
650 mil, e um Mercedes-Benz, que custa R$ 100 mil.
O grupo também agia para
descobrir se uma linha telefônica estava sendo monitorada pela polícia. Pelo serviço eram cobrados R$ 3.000.
A quadrilha obtinha as informações por meio de integrantes infiltrados em, pelo
menos, cinco operadoras de
telefonia, diz a polícia.
Com essas informações facilitadas e cientes de que estavam sendo grampeados,
empresários investigados
pela PF na Operação Bicho
Mineiro tentavam confundir
a polícia. "Eles deixavam de
falar ao telefone ou passavam a dizer coisas falsas", diz
o delegado Alessandro Moretti, da PF de Minas Gerais.
A PF cumpriu 24 mandados de busca e apreensão.
Três pessoas que também tiveram mandado de prisão
expedido são procuradas.
Outro lado
A reportagem ligou para
três números de telefone que
constam do site do detetive
Lacerda. A pessoa que atendeu disse que não o conhecia
e que o local era uma casa e
não o escritório do detetive.
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